E S T O R I L - 1
V A R Z I M - 1
MESMO CAÇANDO "COM GATO", O VARZIM TEVE TUDO PARA DEVORAR CANARINHOS TÃO "MEIGOS"...
Se cá estivesse o prometido matador, coitadas daquelas plumagens amarelinhas da linha do Estoril!
A formação poveira na deslocação ao Coimbra da Mota, para defrontar o Estoril, clube também com créditos firmados no melhor campeonato português, "do meio da tabela para baixo", com quem o Varzim já se bateu na 1ª. Divisão, nos tempos em que os dois clubes possuíam jogadores de nível, que hoje, seriam considerados de valor acima da média, conseguiu um empate a uma bola, repartindo pontos, que bem poderiam, vistas as coisas à posterior, terem sido "pescados" na totalidade pelo clube poveiro. A turma comandada pelo prof. Eduardo Esteves, jovem técnico, (numa equipa também bastante jovem) que procura, legítimamente, afirmar-se e aproveitar com todas "as garras", esta "nova oportunidade", agora tão em voga, "entrou" no jogo, como se impunha e os adeptos estavam à espera. Com o vento pelas costas - característica daquele campo Coimbra da Mota - os alvi-negros comandaram durante toda a primeira parte. Em nossa opinião e pelo que vimos da reacção do opositor, julgamos que se maior fosse o "sufoco" imposto pela turma varzinista, mais o Estoril "arrearia", especialmente entre os 10 e os 25 minutos do primeiro tempo. A equipa da casa, andou autênticamente perdida no campo, parecendo que se tinham encontrado pela primeira vez! Cada vez que perdiam a bola no seu meio-campo, fruto da pressão alta dos alvi-negros, não dando tempo nem espaço para os "estorilistas-brasucas" levantarem sequer a cabeça, saberem ao menos para que lado deviam levar a bola. Aos 25m. o Varzim chegou ao golo inaugural, através de Nélsinho, depois de uma boa triangulação Gonçalo Abreu/Mendes/ Nélsinho de se tirar o chapéu! O passe milimétrico e de primiro para o corredor contrário efectuado por Mendes a desmarcar Nélsinho, foi cirurgíco e letal para a defensiva canarinha. O intervalo chegou com o Estoril a "espernear" para chegar pelo menos ao empate, mas a não conseguir, face a um Varzim que estava a cumprir bem.
Na segunda parte com o vento contra, a equipa do Varzim não se deu bem e optou por uma atitude mais passiva, para responder à "vinda para a frente", como lhe competia, dos comandados por Hélder Cristóvão (um estreante como técnico numa Liga profissional de futebol). Não ia resultando muito bem... Valeu a fraca produção e a evidente falta de entrosamento de uma equipa construída em cima do joelho e com contratações por atacado, se calhar através da Net, lá dos "brasis"! Só que água mole em pedra dura, tanto dá até que fura... Com 34 minutos de jogo ainda para serem jogados na partida (56 m), após um lançamento de linha lateral, um dos moleques (Moacir) leva de "enfiada" dois opositores (um de cada vez) do Varzim que lhe surgiram pela frente e depois serve a bola para dentro da pequena área onde um outro seu compatriota (tinha que ser, né!) de nome Calé, fez estragos na baliza poveira, obtendo a igualdade para o Estoril. Guardião dos alvi-negros que até tinha sido já, contra a corrente do jogo, protagonista em duas excelentes defesas. Grande Marafoma!
Até ao final, o conjunto canarinho, pouco mais fez do que procurar esconder um desgaste físico anormal, mesmo levando em linha de conta que estamos no princípio de época. Facto que "não colhe" para desculpas esfarrapas, como alguns pretendem. Os jogadores do Varzim, foram para o último quarto de hora, em alta fisicamente, com muitos jogadores do Estoril já de meias em baixo! Sintomático...
Se a comitiva do Varzim tem feito uma deslocação atempada para a capital e ficasse alojada, como se impunha e como fazem os clubes de "profissionalismo ao milímetro", e não no mesmo dia, estrada fora de camioneta como se de um grupo de excursionistas se tratasse e, se no plantel já lá estivesse o tal ponta de lança que o técnico, timidamente, vem reclamando... Também pensamos que se em vez de Tiago Lopes, Eduardo Esteves tem optado por Rúben Saldanha e depois faz entrar Vitor Júnior (bem sabemos são muito subjectivas e que à posterior é muito fácil, mas, é próprio de quem opina e, também de quem quer correr riscos...), talvez a história do jogo estivesse agora a ser contada baseada numa exibição, se calhar excessivamente receosa no segundo tempo, mas vitoriosa, o que não escandalizaria ninguém. Pelo menos quem esteve no campo ou quem a TV...viu!
Duas notas mais: O g. redes do Estoril fez uma única defesa, digna desse nome! No golo de Nélsinho, foi "mandado" à m... madeira!
Marafona contribui decisivamente para a conquista de pontos. Mendes, demonstrou pormenores interessantes de execução e de movimentação estratégica em campo. Terá sido espicaçado pela montra televisiva?! É um "puto" a rever.
O trabalho da arbitragem comandada pelo madeirense Marco Ferreira (lembram-se do jogador que um dia saíu de Setúbal...) esteve aceitável, num campo em que por via de regra o vento é também um factor que pode atraiçoar julgamentos "em cima do lance".
Depois de duas jornadas nada satisfatórias, soube bem "comer", desta vez não um arroz de pato, mas "de canarinho" tenrinho! Foi pena a vitória não ter sido alcançada, "como esteve ao alcance", passe a redundância.
Em vez de sete pontos a voar, bem que poderiamos ter apenas 5 nos 9 possíveis. Assim, lá vamos indo...
Em frente Varzim! Ala-Arriba!
PARA VER, REVER E VOLTAR A VER!DOIS PRIMOROSOS GOLOS!
SEM FUNDAMENTALISMOS, PARABÉNS AOS EXECUTANTES!