Sábado, dia 9 de Julho, está em causa o futuro do Varzim.
Neste período pré-eleitoral, não pretendemos ouvir nomes de treinadores ou jogadores. Não queremos promessas. Temos apenas o desejo de ver o nosso clube, recuperar o sua mística.
A prioridade do Varzim tem de ser, acima de qualquer outra, recuperar a sua identidade. Vivemos um período da nossa história, em que perdemos muito do entusiasmo de outrora. A razão é simples: deixámos de nos identificar com "este Varzim".
Nestas linhas, queremos abordar, a forma de recuperar a mística Varzinista e, em que consiste essa mesma mística.
O essência do futebol é a emoção, são os resultados desportivos.
Nos últimos anos, o Varzim tem sido noticia, nos vários órgãos de comunicação social, por aspectos negativos em termos económicos.
Nos últimos anos, as conversas entre Varzinistas, são diálogos de pessoas tristes com a vida do seu clube e com poucos motivos para puxar pelo orgulho em ser Varzim.
A resignação de um discurso de manutenção, de uma certa modéstia em termos de ambição desportiva em nome daquilo que seria uma boa gestão financeira, foi a grande bandeira do Varzim nos últimos anos.
O fim desta politica, todos conhecemos. Péssimos resultados desportivos, culminando com a descida a um campeonato não profissional e uma desastrosa gestão financeira.
Sabemos que, a gestão desportiva não se pode dissociar da gestão financeira do clube. É com o entusiasmo que as suas equipas geram e as verbas resultantes da venda dos seus jogadores que se sustenta economicamente um clube.
O Varzim sempre foi um viveiro de jogadores. A aposta na formação constitui uma parte daquilo que denominamos como a identidade, a mística do clube.
A bandeira "formação" foi transversal aos vários Conselhos Directivos que tem dirigido o clube, nem sempre a prática coincidiu com a teoria.
A mística do Varzim fez-se muito à custa dos jogadores aqui formados, com todas os seus defeitos e virtudes. Temos de saber capitalizar esta nossa capacidade de "produzir" talentos. Somos, desde as nossas origens, das melhores escolas de formação de Portugal!
No entanto, temos de voltar a instituir a cultura do mérito! Só devem integrar o plantel sénior, os nossos formandos com capacidade para tal. Não basta ter sido formado no nosso sector juvenil, tem que ter qualidades técnicas, físicas e humanas para tal.
Aos jogadores da formação que integrem o futebol sénior, tem que lhes ser criado um ambiente para terem um crescimento sustentado.
Os ex juniores, não podem ser a base de uma equipa. Esse procedimento, é a mesma coisa que fazer um exercício de equilibrismo, sem rede por baixo. E, infelizmente, todos sabemos no que deu essa aposta.
Obviamente que, as contratações de jogadores externos ao Varzim, tem de obedecer a critérios de rigor. E aí, a prospecção tem um papel fundamental. Sabemos, que não podemos, porque não temos capacidade financeira, para criar um departamento de scouting. No entanto, sem necessidade de grandes custos, podemos por exemplo, solicitar az ex jogadores do Varzim, muitos deles espalhados por todo o país, que referenciem jogadores com qualidade para integrar o plantel. Colocar os treinadores da formação, a visualizar jogadores que têm potencial.
Estar atentos aos jogadores que terminam a formação nos chamados clubes grandes e que não são aproveitados por estes.
Todas estas contratações, têm de se cingir apenas a jogadores que sejam claras mais valias. Nunca mais, poderemos voltar a contratar jogadores a troco de equipamentos. O investimento a ser feito em aquisições deve ser feito em menos mas melhores jogadores.
Outro dos aspectos fundamentais para que os varzinistas voltem a identificar-se com o clube, passa por uma maior transparência na gestão do clube.
Queremos saber, porquê que o orçamento para a temporada 2010/2011, dava um saldo positivo de mais de 200 mil euros e, em Dezembro já havia 4 meses de salários em atraso? Porquê que, tendo recebido cerca de 7 milhões de euros de adiantamentos por conta do negócio estádio em 5 anos, o Varzim viveu todos os anos momentos aflitivos em termos económicos? Para além desta receita fantástica e extraordinária, esta Direcção teve como receitas, cerca de 100 mil euros todos os anos do Subsidio da zona de jogo. Cerca de 150 mil euros de direitos televisivos. Cerca de 95 mil euros de subsídios da Autarquia. 500 mil euros da venda do Yazalde. 100 mil euros da venda do Chico. 170 mil euros da venda do Roberto. 478 mil euros dos direito de formação do Bruno Alves. 12 mil dos direitos de formação do Postiga. 120 mil euros da venda do Bruno Miguel.
É uma questão de se fazer as contas, mas contam-se pelos dedos das mãos, os clubes que obtiveram estes números à sua disposição. Então, porquê todos estes momentos dramáticos que temos vivido? Porquê que perdemos os nossos dois maiores patrocinadores, Sanipóvoa e Monte Adriano? Em que fase se encontra o negócio estádio?
Não há razão nenhuma para que estas informações, não sejam do conhecimento dos varzinistas.
Para terminar este já, extenso texto, os administradores deste blogue, vêem por este meio reiterar que, não apoiam nenhuma das listas candidatas. Os administradores deste blogue, apoiam o VARZIM SPORT CLUB.
Esta instituição quase centenária é que nos faz mover, não as pessoas.
Obviamente que temos opinião. Aliás, quem nos visita, sabe o que pensamos. Não retirámos uma virgula, a tudo o que aqui escrevemos sobre a Direcção do Sr. Lopes de Castro que agora se recandidata.
Textos como por exemplo este, dizem muito das nossas ideias:
"Em suma: VIVEMOS O PERÍODO MAIS NEGRO DA HISTÓRIA DO NOSSO QUERIDO VARZIM. Nunca alguém foi tão rápido a mergulhar um clube no lama e, tão eficaz, depois, a segurar-lhe a cabeça no fundo.
O Sr. Lopes de Castro, tornou um clube admirado, apetecível e respeitável, numa "solteirona feia", uma "desgraçadinha com quem ninguém quer casar".
Neste momento, os sócios e adeptos varzinistas, os jogadores e a equipa técnica, são o nosso motivo de orgulho.
Viva o Varzim, acima tudo."
Os varzinistas precisam de se reencontrar com o Varzim e a sua verdadeira mística.
Esperemos que as próximas eleições não sejam apenas mais uma bola atirada para fora...
ALA - ARRIBA!
Refiro-me a Miguel, um Homem, um Varzinista e uma referência que regressa! 
No pólo oposto, a começar, no 1º ano de sénior, Rui Silva vindo dos juniores do Vitória de Guimarães (segundo dizem por empréstimo), é um jogador que nas camadas jovens chamava a atenção pelas suas qualidades acima da média. Pode jogar nas duas alas ou a nº 10. Perdeu "fulgor" na passagem aos juniores B e aí, também se encontra a justificação para a dispensa por parte do Benfica. 
