CHAVES - 0
O "mais do que candidato" Chaves (no início da época...), apresentou-se na Póvoa na sua máxima força, trazendo atrás de si cerca de 70 adeptos.
A equipa flaviense entrou com o pé esquerdo no jogo. Ainda mal tinham olhado para a cara de todos os jogadores adversários e, já estavam a perder. Milhazes não atinou com a sua intenção e, sem querer, colaborou na preparação do primeiro golo do Varzim. Bola recuperada, de imediato metida no coração da área em Jaime Polson a rematar fora do alcance do desamparado Paulo Ribeiro.
A equipa do Chaves, acusou o toque e, viu-se em palpos de aranha para atinar com a adequada resposta na procura de restabelecer a igualdade. O Varzim não facilitou, respondendo os comandados de Dito, com golpes de contra-ofensiva a preceito, pondo os cabelos em pé a Castanheira e seus companheiros. E depois... Bem, depois, os flavienses estavam "só" a defrontar uma equipa que até "só" tinha sofrido um golo no campeonato!...
Miguel, durante a primeira parte, em dois momentos, respondeu à chamada, sacudindo à palmada a bola para fora da área. Foram estas as situações de mais trabalho a que, durante todo o jogo, o g. redes do Varzim foi submetido!... O guarda-redes do Varzim tinha à sua frente (e continua a ter) uma autêntica MURALHA DE AÇO, que não, um "autocarro". Bem longe disso... à frente destes, Ibraima, André e Nelsinho, "tocavam a bolinha de fininho", com passes a dar progressão ao colectivo varzinista. Na frente, Jaime Poulson era (e foi ) o abre-latas da defensiva, bem acolitado por Duarte na esquerda e Rui Coentrão na direita (e vice-versa). E, nesta opção de Dito ao fazer alinhar Rui Coentrão (Moreira esteve ausente dos convocados por motivos óbvios) de início (poderia ter optado por Diogo Andrade), residiu o "estragar", por certo, dos planos do técnico do Chaves, Filipe Casanova (um poveiro). O pequeno na estatura, mas grande no talento, o esquerdino Rui Coetrão, fruto da cantera do Varzim, partiu a louça toda, ora na ala direita, ora na ala esquerda, "partindo" também o coco ao coitado do Milhazes, lateral esquerdo dos transmonstanos (por sinal e, por ironia do destino, também ele saído da formação poveira)!
No segundo tempo, o Desportivo de Chaves entrou num tudo-por-tudo à procura de marcar, não o conseguindo porque os alvi-negros não estavam para cócegas. E assim, com 11´decoridos, Nelsinho coloca o Varzim a ganhar por 3-0, resultado que viria a verificar-se no fnal.
O técnico do Varzim, mexeu (e bem, mais uma vez) no xadrês. Fez sair Ibraima (que já tinha um amarelo), metendo no seu lugar Nelson Agra, o "russo" de Terroso (também poveiro e da cantera poveira) que é um jovem talentoso nas missões nas linhas mais recuadas. Uns minutos mais à frente, Duarte deu o lugar a Pedro Henrique (a 30´do fim) e, já na última quinzena de minutos, foi a vez de Rui Coentrão (saiu debaixo de uma grande ovação) dar o lugar a Diogo Andrade que, praticamente fez dois sprints inconsequentes... Está a custar a reencontrar-se o extremo varzinista!
E assim, o Varzim foi caminhando para o final de mais um jogo vitorioso (5ª. vitória consecutiva), continuando invicto na prova, ficando na 2ª. posição, à mesma distância (2 pontos) que já tinha do líder, o surpreendente Ribeira Brava.
Mais uma demonstração de bom jogo colectivo, primando pela qualidade de execução, com grande regularidade durante toda a partida.
O Desportivo de Chaves, que segundo dizem terá investido forte com vista à subida à 1ª. Liga, nota-se que tem "matéria-prima", mas, falta-lhe melhores rotinas de jogo e que, se continuar assim, dificilmente conseguirá entrar no "comboio dos duros" que terá de ser apanhado lá para o início na segunda volta...
Esta formação poveira está a consolidar um colectivo de excelência, onde começa a despontar mais um nome da cantera varzinista, o pequeno-grande Rui Coentrão. Deixou os rins cruzados a Milhazes que a esta hora ainda deve estar a tentar "destorcer" a coluna vertebral!...
Ala-Arriba Varzim!
Óscar Gomes