A alma e raça estiveram lá, faltou o resultado positivo!

Num jogo que se antevia de grau elevado de dificuldade para o Varzim, entrou melhor no jogo a equipa poveira. Logo aos 2´ minutos, após excelente iniciativa de André André, o Varzim só não inaugurou o marcador, através do Gonçalo Graça por manifesta infelicidade.

Seguiu-se um período de ligeiro ascendente do Varzim no jogo.

Após os 10´minutos os homens da equipa da Trofa, começaram a crescer na partida, sem no entanto criarem situações de golo.

Aos 16 minutos e após falta desnecessária dos poveiros, livre marcado de forma tensa, desvio ligeiro de um homem da Trofa, Avelino evita que a bola entre e vindo de trás, com Tiago Terroso atrasado e a falhar na marcação, Filipe Gonçalves apenas teve de empurrar a bola para o fundo da baliza.

Tremeu a equipa comandada pelo técnico Eduardo Esteves. Abanou mas não caiu.

E aos 27 minutos, após livre de Salvador, Pedro Santos cabeceia para a área, Gonçalo Graça antecipa-se ao guarda redes Marco, remata em direcção à baliza e Rafael, aparece de rompante a empurrar/confirmar o golo do Varzim.

Até ao final da primeira parte, apenas registo para a defesa da tarde de Avelino que impede que Zé Manel coloque os trofenses de novo na frente do marcador.

Para a 2ª parte, esperava-se uma entrada forte do Trofense e assim aconteceu. Com posse de bola, os comandados por Profírio Amorim, procuravam a vantagem no marcador o mais rápido possível. Mas (há sempre um mas), foi o Varzim que podia ter passado para a frente no marcador. Por três vezes em três minutos (53´, 54´ e 55´) o Varzim teve perto de marcar. Salvador, Pedro Santos e Rafael foram os homens que podiam ter dado vantagem ao Varzim.

No entanto como se diz na gíria, quem não marca arrisca-se a sofrer. E após um livre (os três golos surgiram após lances de bola parada), com falta arrancada pelo Nildo, o Trofense coloca-se em vantagem. Novamente por Filipe Gonçalves e após defesa incompleta de Avelino, com Tiago Terroso a "ficar nas covas" e deixar o médio dos trofenses finalizar para o 2-1.

A partir daqui, o Trofense esteve sempre mais perto do 3-1 do que o Varzim do 2-2.

Notas finais:

* A alma, raça, atitude, equipa solidária, estiveram na Trofa. Já tinha saudades desta equipa. Não chegou para trazer um resultado positivo, mas, com esta postura, vamos voltar aos resultados positivos e vai ser já frente aos de Freamunde.

* Os centrais estiveram irrepreensiveis. No entanto, Neto esteve sublime. Não foi por aqui que perdemos o jogo.

* Os laterais praticamente não subiram no terreno. Se Caetano esteve regular, o Hugo Costa fez faltas desnecessárias e demonstrou alguma apatia na altura de atacar a bola. Mais garra e rapidez, é o que se pede ao internacional sub-21.

* O Tito, jogador que sempre o vi como pendular e referência da mística poveira nesta equipa, necessita corrigir a sua posição quando a equipa adversária joga com um médio de ataque, um n.º 10. Hoje, Serginho, apareceu várias vezes, livre de marcação, entre linhas, ficando algumas vezes os dois centrais para dois atacantes do Trofense.

*André e Tiago Terroso tiveram boas prestações.O André entrou com todo o gaz e, podia logo a começar o jogo, ter assinado a primeiro assistência após o regresso, para golo. Tiago Terroso trabalhou bastante para a equipa. Foi de uma entrega tremenda. No entanto, ficou marcado pelos dois lances que resultaram em golo para os da Trofa. Era o Tiago que em lances de bola parada, marcava o Filipe Gonçalves e nesse capitulo, falhou rotundamente.

*Nas alas, os poveiros Salvador e Gonçalo, foram uns trabalhadores incansáveis. Salvador devia ter jogado sempre como ala-direito, uma vez que Igor, lateral esquerdo dos Trofenses, era mais agressivo e rápido a atacar que o lateral-direito.

Como já disse vastas vezes, Gonçalo é mais cerebral, Salvador é mais explosivo, tem mais velocidade de reacção e, para acompanhar o Igor ou até aproveitar as suas subidas, o último seria mais indicado.

*Rafael, foi igual a si próprio, batalhador e abnegado. Necessita melhorar a capacidade para segurar a bola de costas para a baliza adversária e esperar pela subida dos alas e dos médios. Fez 1 golo pleno de codicia pela baliza.

*Percebi a intenção das substituições introduzidas, no entanto nenhuma resultou.

*O Varzim está com 7 jogos sem conhecer o sabor da vitória.

*18 pontos em 18 jogos, uma média de 1 ponto por jogo é um fraco pecúlio, está na altura de

reverter a situação.