VARZIM 1 MOREIRENSE 1

Empate justo, em jogo intenso!

Com uma moldura humana impressionante na bancada superior, a equipa do Varzim lutou, com uma alma enorme pela vitória. Teve pela frente um opositor forte e bem organizado, que fez por merecer o empate averbado no nosso reduto.

A feliz ideia dos dirigentes, de fechar a bancada topo Norte, revelou-se muito positiva. Deu um colorido impressionante à bancada da superior. Com certeza que, esta decisão será para manter no futuro, assim espero.

O técnico Eduardo Esteves (EE), apresentou uma alteração no onze que habitualmente tem sido titular. No lugar do castigado Neto foi chamado o lateral Caetano.

Uma alteração que obrigou a duas mexidas na defesa poveira.

Naturalmente que, se Pica ainda cá estivesse (bela exibição do alentejano) apenas seria necessário mudar central por central.

Assim, e face ao défice de centrais no plantel, por uma medida de gestão desta Direcção difícil de entender, o EE foi obrigado a "tirar" do lugar o habitual lateral Campinho para o colocar no centro da defesa, colocando no seu lugar Caetano.

Uma primeira parte bem disputada, com duas flagrantes oportunidades, uma para cada lado.

Na segunda parte, EE meteu toda a "carne no assador".

Logo no reatamento, saiu o "laborioso" Gonçalo Graça e entrou o "fogoso" Salvador. Estes dois "meninos da cantera", "lutam" por um lugar no onze titular. Do meu ponto de vista, o Salvador, está a justificar o escalonamento para a equipa titular.

No entanto, do ponto de vista técnico, o EE talvez prefira ter no banco o Salvador. O internacional português é "melhor suplente" que o Gonçalo. Pois, com toda a dinâmica que "empresta" ao jogo sempre que é chamado, pode ser "a" arma secreta deste Varzim, aproveitando o desgaste das equipas adversárias.

Se de imediato se sentiu nas quatro linhas as "galopadas" do Salvador, com a entrada do avançado Bruno Moreira e a saída do médio Tiago Terroso, o Varzim deu um sinal claríssimo que queria sair do jogo com uma vitória.

Surtiu efeito esta ultima alteração, e, numa das poucas alturas em que uma das equipas se superiorizou à outra, neste caso os poveiros estavam por cima, o André Micael faz um golo de belo efeito, com salto à peixe, atirando a bola para o funda da sua própria baliza.

Estava feito 1-0.

EE, de imediato tenta equilibrar a equipa no seu meio campo. Tira o avançado Rafael e lança o pequeno médio Ruben Saldanha.

Espécie de RESET, para voltar à estrutura inicial, que acabou por não resultar.

Do outro lado, Jorge Casquilha, técnico da equipa forasteira, tirou o central Pica e meteu um avançado. Fez aquilo que lhe competia, isto é, foi à procura do prejuízo.

Conseguiu, aquilo que pretendia. Empurrou o Varzim para trás e criou situações de golo. Antes do golo do empate, teve duas excelentes ocasiões para chegar à igualdade.

Numa delas valeu o guardião Ricardo e na outra Luís Pinto, sozinho atirou por cima, fazendo o mais difícil.

Viu-se após o 1-0, um ascendente dos homens que vieram de Moreira de Cónegos e uma tremenda incapacidade de reacção dos varzinistas.

Terá o Varzim "estourado" fisicamente?

O jogo de quarta-feira frente ao Ribeirão para a Taça de Portugal, num campo pesado devido à intempérie, ainda por cima "forçados" a mais 30 minutos suplementares, terão estado na origem deste estrondoso "estouro" físico.

Os jogadores não são máquinas. E, este jogo foi muito intenso. O desgaste veio ao de cima.

No jogo frente ao Ribeirão, o técnico da equipa poveira, poderia e deveria ter gerido o grupo de trabalho.

O plantel não é vasto em termos de quantidade/qualidade, mas dá para dar minutos aos menos utilizados e descanso a alguns dos habituais titulares.

Não é pedida uma revolução no onze, porque prejudicaria os mecanismos da equipa, mas 4 ou 5 alterações urge fazer, já frente ao Merelinense.

Num jogo onde a "alma e raça" esteve lá como tem sido hábito nos ultimos jogos, "faltou um bocadinho assim" (10 min.) para o Varzim sair do jogo com os 3 pontos e dar um pulo na tabela classificativa.

Assim, e apesar de ter subido ao 7.º lugar, mantêm-se a três pontos de diferença para a 1ª equipa abaixo da linha de água, o Belenenses.

Por sinal, o nosso próximo adversário para a Liga Orangina.