VARZIM SECOU RIBEIRÃO

29ª. jornada

RUI COENTRÃO - O SUSPEITO DO COSTUME... FOI O CARRASCO DE SERVIÇO E O PRINCIPAL CAUSADOR DO DESVIO DE UM CICLO DE 13 VITÓRIAS  DO RIBEIRÃO EM CASA

A uma jornada do fim do campeonato no que concerne ao apuramento dos campeões de zona, a equipa poveira foi a Ribeirão "desconsolar" os locais que vinha de uma série de 13 vitórias consecutivas em casa, contrariando a ideia já inculcada nos adeptos locais de que, nem o campeão poveiro lhes iria fazer a desfeita. Enganaram-se. Acontece. No entanto, pensamos que já sabiam ao que iam...

Na primeira parte, as equipas entraram forte, denotando o Ribeirão, descaradez suficiente para lembrar aos alvi-negros que era preciso vestir o fato-macaco...

No entanto e, em abono da verdade (que não do facciosismo), o Varzim teve, assim contado a grosso modo, 3 oportunidades claras para marcar.

Quando já se encaminhava o jogo para entrar na última dezena de minutos da primeira parte, com as duas equipas "esticando" ao máximo o ritmo de jogo, surge um contra-ataque fulminante por parte do Varzim, com a bola a ser metida num espaço vazio e nas costas da defensiva do Ribeirão (já vimos este "filme" mais vezes...),, surgindo Rui Coentrão, rapidíssimo no encalço da bola, fintando o g-redes que saíra a tentar chegar primeiro que o baixinho atacante do Varzim, mas debalde tentativa, ficando a ver o "nosso" Ruizinho, com a bola bem controlada, caminhar para a baliza deserta...

Uma jogada de contra-ataque de "10 estrelas!..."

No segundo tempo, os da casa surgiram mais empertigados, entrando com a intenção de "cair" para cima da área poveira. A mexida do treinador do Ribeirão, deixando nos balneários o lateral-esquerdo Cimar, fazendo entrar o falso lateral do mesmo lado, de sua graça, Dani, o ataque ribeirense ganhou mais comprimento e velocidade pelo flanco esquerdo. No lado direito, Régis, com características, também, de lateral ofensivo, ajudava a orquestra da casa a melhor de rendimento.

O Varzim foi decaindo de poder ofensivo, após as primeiras substituições. A equipa poveira, com o recuo de Rui Coentrão, devido à saída de Telmo, perdeu "gás" atacante, naquele estilo de saída com rapidez para as respostas, muito embora tenha ganho mais solidez no "tronco" defensivo, com a entrada de Nelson Agra e de Rui Figueiredo. O chinês Jun Hu, também entrou na etapa complementar, mas, deu-nos a sensação que nunca chegou a perceber o que o seu técnico lhe pedira, tal a forma desconcertada como foi desempenhando o seu papel.

Mas, a "coisa" esteve preta para o lado varzinista que, ainda por cima se viu reduzida a dez unidades... Mas, na "hora de maior aperto" é que se vê a solidariedade... e, o quanto vale ter na equipa um senhor guarda-redes. Miguel, guardião poveiro, mostrou-se a grande altura, em apenas dois ou três momentos! As suas intervenções foram de uma competência crucial! Até apetecia cantar "quem tem, quem tem..."!

O Varzim alcançou assim a sua 19ª. vitória das vinte que o seu técnico traçara como objectivo para a época.

Na próxima jornada, em casa frente ao Ribeira Brava, em ambiente de semi-festa, a equipa madeirense vai ter uma palavra a dizer e muito que trabalhar se quiser contrariar este Varzim moralizadíssimo, que vai querer brindar os seus indefectíveis adeptos, com mais uma vitória e, se possível, com uma exibição semelhante à que fez contra a outra equipa da Madeira, o Marítimo B.

Última nota.

O técnico Dito e restante equipa técnica, bem como a equipa médica, são dignas dos melhores elogios. Por vários motivos... Desde logo, pela frescura física com a equipa chega a esta altura crítica da época. Mas também pela forma inteligente como têm sabido blindar o grupo de trabalho de algumas "areias intempestivas" que, poderiam, nesta fase, serem desastrosas para o clube.

Concluindo.

Aconteça o que acontecer daqui até final da  época, em termos desportivos, este grupo de trabalho é de um PROFISSIONALISMO e de uma entrega à causa Varzim, admiráveis!

ALA-ARRIBA VARZIM!

(Óscar Gomes)