VARZIM 1 OLIVEIRENSE 1
Este jogo, era encarado com enorme expectativa.
Sabia-se que, as baixas eram de vulto, tendo em conto a "fragilidade" como está composto este plantel. Desde logo, com a "rotação" forçada de todo o sector intermediário. Era exigido ao Eduardo Esteves (EE) que "inventasse" um novo meio-campo.
A lateral esquerda, também era motivo de preocupação, isto porque, com a ausência por castigo de Hugo Costa e a de Telmo por lesão, havia que procurar no plantel alguém que ocupasse aquele lugar.
Esteve bem o EE e os jogadores que foram chamados a dar o contributo à equipa.
Aliás, EE foi ainda mais longe, mexeu na baliza. Chamou Avelino (havia dado boas indicações nos jogos da Taça) e retirou Ricardo ("infeliz" nos últimos dois jogos, apesar do bom campeonato que vinha fazendo).
Na defesa, a surpresa deu pelo nome de Nelson Agra. Já em Arouca, quando foi chamado, disse "presente"! Nessa altura, foi para lateral-direito, agora a lateral-esquerdo e, diga-se, cumpriu. Quando foi "obrigado" a jogar a trinco, deu o seu melhor, mas descurou (especialmente quando Ronaldo entrou) as suas costas e deixou muitas vezes só o brasileiro, reforço de Inverno da equipa da Oliveirense.
No centro do terreno, EE foi obrigado a "inventar", no entanto, não deve ter sido obrigado a pensar muito... É que, não havia mais ninguém para aquele sector do terreno.
Campinho a trinco, Ruben Saldanha e Luca mais adiantados, deram aquilo que tinham e o que não tinham. Trabalharam arduamente e com bola, Luca e Ruben Saldanha, não se "envergonharam" e jogaram a "redondinha" e fizeram-na chegar á frente sem "picos".
No ataque, nada de novo...
Tiago Carneiro, voltou a ser o desequilibrador, que esteve presente desde o ponto de viragem desta equipa (sobre o ponto de viragem, falaremos esta semana), isto é, o jogo de Matosinhos e, que teve falta de comparência nos últimos jogos. Quando teve a bola, colada à canhota, foi uma dor de cabeça, Chico Silva, que o diga.
Na direita, o "menino" que cresce a cada jogo que passa. Gonçalo Graça, enquanto esteve em campo e teve forças, cumpriu tacticamente (o Bruno Sousa, por norma é um jogador muito influente na manobra atacante da Oliveirense, neste jogo, praticamente não se viu), quando teve bola construiu e voltou a facturar.
Na frente de ataque, Rafael, foi o "infeliz" da manhã. Duas bolas no ferro e quando foi para o meio-campo (trinco!?!?!?) a equipa sofreu o golo do empate.
Uma primeira parte equilibrada, com uma entrada "desconfiada" das suas próprias capacidades, face a tantas alterações, da equipa poveira. Onde o empate se aceita perfeitamente. Com uma oportunidade para cada lado.
Na segunda, a história foi bem diferente. Um Varzim "mandão" entrou em acção desde os minutos iniciais. Pegou no jogo, com personalidade à busca do golo. E o prémio surgiu. Após cruzamento bombeado de Nelson Agra, a defesa de Oliveira de Azeméis complica e Gonçalo Graça, só com Bruno Vale pela frente, teve tempo e espaço para meter a bola por entre as pernas do guardião forasteiro e fazer o marcador funcionar 1-0.
Justo, mais do que justo. Naquela altura, a equipa do Varzim já tinha feito mais que suficiente para estar em vantagem.
Os comandados por Pedro Miguel, reagiram, mas...pouco!!!
Lançaram no terreno de jogo, homens de ataque, tiveram mais domínio de jogo mas situações de golo, nem vê-las...ou melhor, de um cruzamento do lado esquerdo, a meio do meio-campo poveiro, chegaram ao golo, por intermédio do avançado Clemente, que chegou primeiro à bola que o Neto e desviou a redondinha para o fundo da baliza, estava feito o 1-1.
Esta equipa do Varzim, não merecia tamanha desfeita ao cair do pano, depois da muito boa 2.ª parte.
Para a história, fica o resultado final.
Um empate em casa, não é positivo! Mais uma igualdade, a somar a outras oito em 15 jogos. Apenas 3 vitórias nesta 1ª volta que agora terminou!
No entanto, devemos extrair pontos positivos deste jogo.
Desde logo, a exibição de Avelino. Sem, muito trabalho, mas quando foi chamado, esteve lá.
O Nelson Agra, demonstrou que podem contar com ele, a defesa direito, esquerdo ou a trinco,está ali um jovem que dá confiança. Não me parece que tenha condições para assumir a titularidade, com o grupo todo em condições de poder jogar, mas contem com ele para dar luta.
No meio campo, Luca e Ruben Saldanha, ganharam pontos. Especialmente o Saldanha, que pode ser uma opção para ocupar o lugar de André Carvalho, quando for necessário dar à equipa um cunho mais atacante. Nos jogos em casa e quando a equipa estiver a perder, o Ruben dá outra capacidade atacante à equipa que o Carvalho não dá, perdendo o onze em robustez física e capacidade de remate.
Mais opções foram criadas pelas oportunidades que foram dadas, facto importante, num plantel carenciado no binómio quantidade/qualidade.
Com outras soluções (neste jogo, até o ponta de lança foi para trinco), poderíamos pensar em outros voos, assim, o discurso do "jogo a jogo e logo se vê...", é importante que "passe" como mensagem para todos, sem excepção.
A não ser que,...