RESCALDO

O PAI NATAL FOI POVEIRO!...

3ª. ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL (MUITO ATRAZADINHA...)

V A R Z I M - (0) * 4

GONDOMAR -(0)*2

(APÓS PROLONG. E RECURSO ÀS G. PENALIDADES)

AVE(LINO) VOOU PARA A BOLA COMO UM FELINO!

MAS NO TRABALHO DE SACRÍFIO SOLITÁRIO DE RAFAEL ASSENTOU MUITA DA PRESTAÇÃO SUSTENTADA DO VARZIM!...

Em noite muita fria, típicamente com aragem natalícia, apesar da proximidade do mar, com muito pouco público - não mais de 200 espectadores - a equipa poveira recebeu (finalmente o adversário que lhe calhou em sorteio, resolvida a contestação apresentada na FPF) e derrotou o Gondomar, após nulo no final do prolongamento. Os poveiros converteram 4 pontapés da marca de grande penalidade, contra apenas dois dos amarelos gondomarenses.

Um Gondomar que custou a "sair" do caminho dos alvi-negros.

Boa exibição da equipa comandada pelo antigo internacional Vítor Paneira, exibindo na Póvoa de Varzim, um "futebol cerebral", com serenidade na execução e agilidade q.b..

Houve períodos do jogo em que foi difícil destrinçar qual a equipa que milita na 2ª. Divisão, tal a qualidade do futebol dos gondomarenses, superiormente conduzidos, "dentro de campo", pelo experiente Jorge Silva (ex-capitão do Boavistão campeão).

Nós tínhamos sublinhado que "Taça(de Portugal) é Taça"!

E por uma unha negra, ia acontecendo a tal surpresa dos "tomba gigantes".

Aliás a primeira grande oportunidade do jogo foi para o Gondomar com o gigante negro Boubacar a aparecer na cara de Avelino e, deslumbrado, a atirar infantilmente ao lado.

Logo de seguida, o Varzim poderia também ter marcado e, por duas vezes, com o regressado a titular Rui André a não acertar com a bola na mouche!...

O restante tempo da primeira parte, foi jogado de uma forma repartida, em bom ritmo e com assédio constante às respectivas balizas.

O zero a zero era prémio para o labor das duas formações, com o Gondomar a jogar com muita "Honra" no seu futebol!...

O Varzim, não estando mal, estava contudo longe dos últimos 4 jogos.

A segunda parte começou com os forasteiros numa atitude pressionante, principalmente sobre o meio-campo varzinista, efectuando transições a grande velocidade, quer por Vieirinha, quer depois da entrada de Pedro Mendes (ainda bem que ele esteve muito tempo no banco...). Assim que o varzim recuperava a bola na sua defensiva, os de Gondomar começavam a defender com os homens mais adiantados no terreno (aqui esteve quanto a nós a mola real do esquema preparado pelo técnico gondomarense, sabendo à prior que os seus atletas iriam ter mais espaço para tratarem bem a bola e assim, poderem pôr em campo os seus dotes de artistas. Jogarem o que sabem. E neste capítulo, "nota 20". Estiveram como peixes na água... do mar da Póvoa!

No Varzim, a visibilidade maior, ia para o desempenho, lutando com muita garra pelo melhor resultado, nem sempre o fazendo de forma mais serena. Na frente de ataque Rafael, jovem ponta-de-lança, "segurava" João Pedro e, especialmente a descidas do capitão Jorge Silva, que é ainda um jogador que poderia criar perigo nas chamadas segundas bolas junto à área poveira.

Avelino, esta noite titular g. redes alvi-negro, dava muita confiança à sua equipa, ele que perdera o lugar após a primeira jornada da Orangina, voltou à baliza poveira e, "voltou a estar" em grande, ao desviar com a ponta dos dedos, para a barra, uma bola que levava o selo de golo!

A formação do Varzim, foi aguentando a "ambição" gondomarense, colocando-os também por várias vezes em sobressalto de cada vez que Salvador (que entrara a substituir Rui André) pegava na bola e esgueirava para a área. Muitas vezes só travado em falta. O corpulento Raúl, às tantas, já dava sinais de tonturas!...

Entretanto, com a saída de André Carvalho e entrada de Ruben Saldanha, quando se perspectivava que fosse Tiago Terroso a sair, a acusar um forte cansaço e para o seu lugar o técnico do Varzim chama-se Bruno Moreira (o melhor goleador da época passada) para jogar nas costas de Rafael (o Varzim tinha que catalisar mais o seu ataque, porque só a vitória interessava). Por outro lado, Tiago Carneiro (que saíra lesionado na última partida), entrou a substituir Gonçalo Graça, mas não levou à equipa maior poder. Antes pelo contrário. Deu para perceber que ele não se encontra ainda totalmente recuperado.

O Varzim perdeu algum gás que... poderia ter sido fatal!...

O nulo no final dos 90´+compensação, era perfeitamente justo.

O mesmo se poderá dizer no final do prolongamento, que atirou o desfecho da eliminatória para a "lotaria" dos "penaltys".

O g. redes Avelino foi de uma eficácia tremenda ao defender três grandes penalidades, no pós prolongamento! Foi ele o carrasco do golpe mortal no sonho dos atletas gondomarenses que durou até Rubén Saldanha converter a 5ª. g. penalidade para o Varzim.

Estava atribuído o passaporte à turma poveira, que não estando ao melhor nível, foi a mais aproveitadora para alcançar a vitória.

As grandes penalidades, são lances perfeitamente normais do jogo e podem ser isso mesmo: penalizantes, por vezes para quem não merece! Mas é futebol! Romantismo... só nos filmes!...

Agora que venha o "cavalheiro que se segue" e, que é o Ribeirão (clube onde estiveram jogadores saídos da formação do Varzim, como o grande médio André (que haveria de ser um dos melhores jogadores de sempre do FCPorto) e, Vitoriano (com uma passagem efémera pelos dragões). Portanto, não é nenhum desconhecido. Mas cuidado!... Às vezes os amigos não são tão amigos assim... como a gente pensa!

Força Varzim! Feliz Natal para os Varzinistas e, como é de bom tom, para todos os leitores. Mesmo para os que não gostarem de nós.