P E N A F I E L - O
V A R Z I M - O
NO 25 DE ABRIL EM PENAFIEL, SOB UMA GÉLIDA TEMPERATURA E CHUVA COPIOSA, O VARZIM TREMEU, TREMEU, MAS NÃO CAÍU... APENAS, MAIS UM SUSTO
AO CLUBE ALVI-NEGRO FALTOU-LHE "PICA"... NA 2ª. PARTE
O Penafiel nos primeiros minutos da partida apanhou um grande susto quando viu Danilo e Pica falharem por pouco a abertura do marcador no estádio 25 Abril.
Aparte aqueles dois apontamentos de movimentação ofensiva, com perigo, o resto do encontro pautou-se por um Varzim descendo na qualidade do produto do seu futebol, não conseguindo desfazer-se do espartilho penafidelense, com a agravante para os poveiros de verem e, sentirem na pele, o ascendente ofensivo por parte do Penafiel.
A articulação do meio-campo com a defensiva e com o ataque, raramente teve cabeça,tronco e membros.
Tito mais parecia um peregrino (no Monte do Sameiro) perdido dos restantes colegas, tal a distância a que se encontrava sempre dos companheiros e quando ganhava a bola e a queria endossar para efectuar as transições “defesa-ataque”.
Mendes, que é exímio na partida para os contra-ataques, praticamente não se viu na partida. Nem quando a vinte minutos do fim passou para o flanco esquerdo do meio campo poveiro, entrando Lelo para o lado de Bruno Moreira, passando a constituir uma dupla de pontas de lança. Diga-se desde já, que se mostrou improfícua aquela opção técnica.
Sentiu-se a falta de Nélsinho e Ruben Saldanha (entro a uma vintena de minutos do fim) no meio campo poveiro. André André e Vítor Júnior, poderiam suprir aquelas ausências, mas não foram a mesma coisa. Antes pelo contrário... não corresponderam.
O nulo ao intervalo era perfeitamente justo.
Pelo que se passou no segundo tempo, pelo jogo anacrónico e “imberbe”, a roçar a ingenuidade, num declínio de qualidade de jogo, relativamente ao que já o viramos produzir em jogos anteriores, o zero a zero não espelhava o que se ia passando no relvado.
Em abono da verdade, e por muito que nos custe aceitar, a segunda parte do jogo foi um autêntico suplício e de credo na boca, com o Penafiel a ameaçar com o golo de uma forma insistente, e um Varzim a fazer a figura do “espreita”, mas sem conseguir “tirar da sua frente” um Penafiel bem estruturado e de nariz empinado, comandando durante toda a segunda parte.
Penafiel até merecia mais que o empate.
Contudo, a poucos minutos do fim, num rapidíssimo contra-ataque – o único do Varzim no segundo tempo – Bruno Moreira ia atirando com uma albarda para cima dos penafidelenses. O que diga-se seria injusto.
Mais uma vez a grande figura do jogo foi Marafona, tão imponente como a altaneira Igreja do Sameiro, lá bem nas alturas do seu Monte.
O Varzim, apesar de tudo… valha-nos isto. Um ponto, fora, sempre é melhor do que nenhum.
O que custou ter visto, foi um Varzim aflitinho, temendo que ele fosse apanhado a qualquer momento, fatalmente, de calças nas mãos à espera que o árbitro apitasse para o final.
Quem o viu!...
Melhores dias virão.
Apesar do mau tempo, o relvado apresentou-se em condições perfeitamente normais para a época e para uma modalidade que é de Inverno e não de estufa.
Arbitragem impecável de Rui Costa e seus assistentes.
Força Varzim!