sábado, 31 de outubro de 2009

O PRÓXIMO JOGO

L I G A V I T A L I S - 8ª. JORNADA







V A R Z I M






B E I R A - M A R




ENTRE O LIMBO E O INFERNO... A MARGEM É MÍNIMA

UMA VITÓRIA À "BEIRA MAR"?!


O primeiro terço do campeonato, vai ser atingido com os clubes ocupando posições na tabela que ainda são de “aquecimento”, ou se preferirmos, com alguns a fazerem o papel de “lebre” de ocasião. Mas também é certo que já deu para perceber, onde poderão estar os melhor apetrechados para outras ambições que não “secundárias”.
Os associados ou simples adeptos já não vão na “cantilena do cigano”, com desculpas feitas autênticas “gincanas circenses”, onde não faltam sequer sketches “apalhaçados” de muitos dos agentes de um desporto, que já foi mais Rei vestido do que o que assistimos agora, que está mais “travestido” do que nunca.
Apesar de se disputar ainda a 8ª. jornada, é preciso não esquecer que até à pretérita, já foram vinte e um (21) os pontos em disputa. É óbvio que algum dos concorrentes tinha que perder alguns daqueles pontos. Nem é preciso saber as Leis das Probabilidades.
Mas, atenção, o campeonato é uma competição em que não passa pela cabeça de qualquer dos clubes que alinham à partida, outra coisa que não seja a de vencer. Para tal se preparam também. Supõe-se, é lógico e legítimo...

Depois o discurso é que vai “flutuando” conforme a conveniência de momento, ditada pelos resultados, e conforme "os olhos".
É escusado tentar tapar o Sol com uma peneira, ou seguirem a estratégia da avestruz… até onde der o tamanho do pescoço!

Os adeptos, que normalmente reagem emocionalmente, ora exultando de alegria, ora protestando contra quem lhes frustra expectativas, (que ao contrário do que muitos de nós pensa, não são criadas por ninguém em particular, mas sim pela própria paixão da vitória dos clubes por que torcem), aguentam o esticar da corda até onde a paciência lhes permite.

E depois sabe-se como é volátil o fair-play em futebol. Na hora da vitória, toda a gente, os obreiros das vitórias, são endeusados excessivamente. Mas o reverso da medalha é … triturador!

O Varzim recebe em casa um Beira-Mar (clube que, tal como o Varzim, tem pergaminhos reluzentes na história do futebol português, vencedor inclusivamente de uma Taça de Portugal diante de um todo poderoso FCP), que está bem classificado neste quase primeiro terço, a um ponto da entrada nos lugares de acesso à subida, mas com graves dificuldades financeiras, com ordenados e salários em atraso, a exemplo do que se passa com outros clubes. Relembremos que os aveirenses, na época transacta estiveram com um pé na descida, ficando acima da linha de água três pontos. Beira-Mar que fez uma segunda volta muito irregular, atirando-o “cá para baixo”.

O Beira-Mar, tal como o Varzim, é um clube que representa uma das mais tradicionais cidades do país, possuí um monumental estádio, construído de raiz para o Euro2004, mas que veio a tornar-se um “excesso” de megalómanos, votado ao abandono, já que hoje em dia, os próprios aveirenses reconhecem que o investimento teria sido mais profícuo para os cidadãos de Aveiro, se aplicado noutras equipamentos de natureza social.

O Varzim vai com certeza, aproveitar o “balanço” do último resultado positivo conseguido, com uma vitória no Gil Vicente, para ganhar o élan de confiança, para com ele, colmatar algumas carências na estruturação a todos os níveis e não só do plantel (já há muito detectadas), e poder assim galvanizar, uma das mais fiéis massas associativas do futebol luso.

Atenção, sendo o factor casa relevante, quando se tem a envolvência de gente motivada e “arrastada” para o incitamento, como costuma ser no caso do Varzim, que mesmo em alturas menos boas, não deixa de comparecer (naturalmente em menor número), sendo mesmo assim, mais numerosa do que noutros campos, bem melhor posicionados na classificação.

A equipa poveira, vencendo, passará a ter onze pontos, o que poderá catapultar o clube para um lugar já bem perto dos primeiros, E FAZER ABRIR SORRISOS DE ESPERANÇA.

Se repararmos na classificação e nos jogos agendados, há jogos entre clubes que estão à frente do Varzim (12º. c/ 8 pontos), e nos quais uma coisa é certa, deles os poveiros poderão beneficiar, caso ao alvi-negros, pelo menos pontue. Porque em caso de vitória, então será ouro sobre azul.
Destaque para os jogos, Portimonense-Stª. Clara (2º. e 3º); Feirense-Gil Vicente (1º. e 5º.); Covilhã-Aves (6º. e 13º com 8 pontos). E já agora, para o Carregado, out-sider que está a ser a revelação da prova que se desloca à Oliveirense (7º. Com 9 pontos e 11º. Com 8 pontos respectivamente).

Nas hostes poveiras, o prenúncio de mau tempo, tornou-se um pouco mais optimista, mas... tudo ainda muito periclitante.

Tal como no post anterior ao jogo que os varzinistas foram disputar a Barcelos, prognosticamos uma vitória, mais impulsionados pela crença clubista do que pelo que vínhamos (como toda a gente…) vendo, também para o jogo com o Beira-Mar auguramos o mesmo.

Força Varzim! Ala-Arriba!


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

EMOÇÕES VARZINISTAS




JOSÉ MARIA PEDROTO NUMA ENCHENTE DO ESTÁDIO POVEIRO



UM DOS MÍTICOS TREINADORES QUE FICARAM NA MEMÓRIA COLECTIVA POVEIRA



Temos aqui recordado e relevado nomes de gente que estiveram ao serviço Varzim, quer como seus dirigentes, treinadores principais ou atletas.
Desta vez, vamos centrar as nossas atenções, naquele que por consenso dos editores deste blogue, foi escolhido para ser relembrado.
Trata-se do melhor treinador português de sempre. Nem Mourinho o supera, por mais títulos que ganhe até ao final da sua carreira, ou outro que ainda esteja para nascer.

JOSÉ MARIA PEDROTO, "O MESTRE"!

Tive a felicidade de o ouvir pessoalmente, ouvir através dos meios de comunicação e de o ver em acção ao vivo (como dizem os nossos irmãos brasileiros).
Estávamos na segunda época do Varzim na 1ª. Divisão Nacional (64/65). O Varzim tinha subido pela primeira vez ao escalão maior, na época anterior.
O clube poveiro alcançaria a 7ª. posição no final do campeonato.

O técnico rumaria para o Boavista de Valentim Loureiro na época seguinte, relançando o clube do Bessa para as luzes da ribalta.

Toda a gente que lidou, pelos mais diversos motivos, com o portuense e carismático "Zé do Boné", tem as melhores referências sobre ele.
José Pedroto, foi considerado pelos especialistas, como sendo um técnico "avançado no tempo".

Como atleta do FCP, internacional de mérito, até final da década de 50, havia já impressionado o país amante do futebol, não só pelas suas capacidades de exímio executante (rezam as crónicas), como também pela sua forte personalidade de líder.

Pessoa de resposta rápida e assertiva, argumentação fluente e de uma lucidez de raciocínio , por vezes carregado de ironia, que lhe eram peculiares.

Pedroto, já treinador ganhador no FCP, quando o abordaram para a feitura da sua biografia, a páginas tantas da sua vida de desportista, particularmente como treinador, ao relembrar a sua passagem pelo Varzim, afirmou "que o Varzim estava no bom caminho como clube profissional de futebol. Que as sementes estavam lançadas para que o clube pudesse a vir a ganhar raízes no melhor futebol português.
"Falta-lhe construir um Lar do Jogador para a sua formação e melhorar as suas infraestruturas para a equipa principal. Se assim o fizer o Varzim poderá ir longe".
Estávamos em 1980.

O Varzim teria épocas em que aquele "prognóstico" de José Maria Pedroto, não andou longe de acertar. O Varzim viria fazer excelentes épocas, causando admiração em todo o país, nomeadamente sob o comando do "mago" Joaquim Meirim que lhe sucederia pouco tempo de depois.
Mas, "Zé do Boné" assim... não surgirá outro tão cedo.
ONDE QUER QUE ESTEJA, NÃO SE DEVE SENTIR MUITO FELIZ COM O "SEU" VARZIM DOS ÚLTIMOS TEMPOS.
Texto de Óscar Gomes
Ala Arriba Varzim!

sábado, 24 de outubro de 2009

RESCALDO

LIGA VITALIS - 7ª. JORNADA







G I L V I C E N T E - 1


V A R Z I M - 2



FOI VOCÊ QUE PEDIU UMA CANJINHA DE GALO?

GIL VICENTE CANDIDATO A CANDIDATO?!

AFINAL "A MONTANHA PARIU DOIS RATOS!..." CHAMADOS SALDANHA QUE ROUBOU O QUEIJO AO QUEIJEIRO, E MENDES QUE OBRIGOU BRUNO MOREIRA A MARCAR ...

Com uma jogada soberba de puro contra ataque, o Varzim através do golo vitorioso apontado por Bruno Moreira, após um rapídissimo contra ataque iniciado em Mendes que cruzou milimétricamente para a cabeça do ponta de lança poveiro que não perdoou. Os gilistas ficaram surpreendidos e "estarrecidos", ao verem fugir-lhes três preciosos pontos e, ainda por cima em casa.

A turma poveira vinha de duas derrotas seguidas para a Liga de Honra, a última das quais, também consentida no seu terreno.

O Varzim entrou bem no jogo, como aliás vem sendo seu apanágio nesta época, pecando pela irregularidade das segundas partes. Até à primeira quinzena de minutos, o domínio de jogo repartiu-se pelos conjuntos. Cerca da meia hora de jogo, acontece a explusão de Caetano, lateral direito do Varzim, devido a acumulação de cartolinas amarelas.

Naquela altura já notava algum ascendente dos gilistas em termos de posse de bola, e no meio campo do adversário.

O primeiro remate digno desse nome, por parte da equipa poveira, aconteceu por volta do minuto 40, com Pica a enviar de cabeça a bola à barra. Depois mesmo em cima para terminar a primeira parte, foi o guardião do Gil Vicente, Márcio Santos a evitar em cima da linha de golo uma bola bem cabeçada por Lelo na sequência de um cruzamento muito bem executado. Ou seja, o intervalo chegou com o nulo, resultante de um jogo muito mal urdido pelos da casa, com muita posse de bola, mas com pouquíssima qualidade e, para regalo dos adeptos (pouco) presentes que acompanharam a equipa poveira, o treinador do Gil Vicente, com mais um jogador em campo, "deixou correr o marfim" (e ainda bem para o Varzim), sem dar sinais de querer (ou saber?!) aproveitar a superioridade numérica.

O segundo tempo, só foi "distinto" da primeira parte, porque foi nela que aconteceram os golos.

A equipa poveira, consentiu a maior posse de bola ao adversário, de uma forma, a páginas tantas, que bem poderia ter custado um dissabor, muito embora, pensamos nós, o risco, não fosse de temer muito, porque estava na cara que aquele Gil Vicente, pela qualidade demonstrada , e por tão má orientação técnica, não é em nada superior ao plantel do Varzim. Mas, rigorosamente em nada. Mais, não trocaríamos nenhum dos jogadores do Varzim por qualquer um dos gilistas. Com todo o respeito.

Mas futebol é assim mesmo! E então em futebol profissional!

Ter muito a bola em nosso poder, é bom, porque enquanto a temos, o adversário tem menos chances de marcar golos. Mas é enquanto a sabemos ter...

Ruben Saldanha, aproveitou com grande "ratice" e persistência, uma bola "deixada" por um defesa do Gil, que não a souber manter na sua posse... e permitiu ao médio do Varzim abrir o activo, para desespero do guarda gilista que foi contornado e ficou por terra a vêr o médio poveiro fazer golo.

No aproveitar esteve o ganho, quando os gilistas procuravam atabalhoadamente a baliza poveira.

Depois seguir-se-ia mais um "etapa" de domínio dos da casa, com os jogadores do Varzim a caírem em alguns períodos no erro de defenderem muito perto da área de baliza, deixando o Bruno Moreira completamente desamparado na frente.

Compreende-se até certo ponto que tal também resultasse de lhes faltar um jogador, mas, a "guarida" não pode ser tanta, mesmo jogando já com a fraca lucidez atacante dos donos da casa.

O Gil Vicente lá conseguiu chegar à igualdade, na sequência de um canto com Césinha a meter a cabeça com "bandolete" à Madre Teresa, e a enviála para junto da base do poste onde Marafona não conseguiu chegar com a mão suficientemente firme.

Os "galos" ainda se empiriquitaram com a chegada ao empate, mas já não faziam mal a uma mosca, mesmo com algumas "distâncias" pouco encurtadas pelo meio campo do Varzim, que tinha cinco unidades, nem sempre no local mais aconselhável para "parar" o jogo adversário.

Valeu muito a versatilidade (quando bem aproveitada) desta turma poveira que tem um quarteto de jogadores, com propensão para saírem do meio campo para missões ofensivas, que já noutros jogos deu para perceber o quão podem ser fatais, em lances de perda de bola dos opositores.Casos de Mendes, Nelsinho, Ruben Saldanha e Gonçalo Abreu (o último até nem esteve neste jogo). E foi com a versatilidade de Mendes, ao arrancar pelo corredor direito, após ganhar uma bola ao seu opositor, e ao cruzar milimétricamente para uma cabeçada fulgurante de Bruno Moreira, a cinco minutos do fim.

Foram três pontinhos bem precioso, que compensam os três pontos desperdiçados na anterior jornada.

Agora há que saborear a vitória, reflectir e deixar de uma vez por todas de pensar que "não passamos de uns coitadinhos"!

Texto de Óscar Gomes

Força Arriba Varzim!

O PRÓXIMO JOGO

LIGA VITALIS - 7ª. JORNADA








GIL VICENTE





VARZIM





O Varzim hoje desloca-se a Barcelos, para defrontar um Gil Vicente com pretensões no curto prazo, ou seja voltar no final da época ao convívio dos grandes. Pelo contrário, e segundo se tem depreendido das palavras de responsáveis da colectividade poveira, o Varzim é um "simples" candidato a fugir à descida.

Frente a frente, vão estar dois clubes, com pergaminhos firmados no futebol português, com o Varzim melhor posicionado (ainda) do que o Gil Vicente, no ranking nacional.

Depois de mais um interregno, devido a compromissos da Selecção Nacional, aí estão de novo os jogos de campeonato que, sempre são mais apetecíveis.

Já aqui o escrevemos, mais do que uma vez, que "a História não se repete", "as águas passadas não voltam a passar pelo mesmo leito", etc., etc. Recordemos que ainda não vai assim tanto tempo, que o gilistas venceram o Varzim e... na Póvoa! Contudo, pensamos que o plantel do Varzim, tem jogadores que, se bem orientados, assim ao jeito de "ratice" e souber gerir estratégicamente a sua acção em campo - com duração mais alargada do que tem vindo a acontecer, com colapsos de produção de jogo, fatais, nas segundas partes dos jogos - tem muitas chances de sair de Barcelos com um resultado positivo, que se forem os 3 pontos, seria a cereja no cimo do bolo.

O conjunto alvi-negro está privado de utilizar o seu melhor reforço, e o seu melhor atacante, Gonçalo Abreu, mas mesmo assim, acreditamos sinceramente, que vamos ver um Varzim dando mostras de subida de rendimento colectivo, o suficiente para levar de vencida até, no terreno do adversário, um dos clubes que faz parte do "núcleo dos duros" para uma renhida chegada ao fim do campeonato num dos dois primeiros lugares. Pena temos - todos os varzinistas, pensamos - que o Varzim não esteja naquele lote, onde por direito próprio, muitos amantes do futebol, pensariam que estivesse incluído.

Há que aguardar por melhores dias, muito embora toda a gente saiba que a palavra aguardar não cabe no dicionário do futebol, e muito menos no profissional.

Força Varzim, venha de lá essa (prenda) "canja", com galo ou sem ele!

Em terras do "pai do teatro português", ficamos a aguardar por um golpe de teatro, ao melhor estilo desse grande nome da Cultura de Portugal. Com certeza que os atletas do Varzim vão colocar a carne toda no assador, para alegrar os simpatizantes do clube poveiro.

A "plateia" de espectadores, vai ser reforçada com a transmissão do jogo pela TV, o que pode constituir também, um grande acicate para quem quer ficar "bem visto" na foto.

Ala-Arriba-Varzim!
Texto de Óscar Gomes

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

EMOÇÕES VARZINISTAS





TORCIDA JOVEM
ANOS 7O/80


UM EXEMPLO DO TRABALHO DE SAPA A FAVOR DO VARZIM


O VARZIM
E A "T O R C I D A JOVEM"

Nos já idos anos 70 (setenta), surgiu na então recente promovida a cidade Póvoa de Varzim, um "movimento" de apoio ao clube, ideia de grande utilidade (coisa que vai rareando...) de um punhado de jovens sócios do Varzim. A acção daquele grupo de "rapazes", de têmpera e barba rijas, de convicção fortíssima quanto ao seu varzinismo, "poveiros de gema pela Graça de Deus", consistia em levar a cabo rifas, ficando célebre o "Totovarzim".
Os neofitos não fazem a "mínima" ideia o quanto era "bué da fixe" aquele entretenimento para os adeptos de todas as idades, e a expressão que atingiu na cidade, aquela prática de puro associativismo, recreativo e até cultural (todos aprendiam com todos, num gesto de solidariedade com aquela forma de angariar aqueles escudos (como se sabe, hoje euros), para ajuda das despesas das Camadas Jovens do Varzim.
Se hoje há quem lamente a falta de apoio financeiro, então é de supor as daqueles tempos, em que os subsídios da UE ainda estariam para nascer, nas gerações seguintes!
Era um corre-corre para a sede do clube, primeiro na Junqueira e depois no largo de S. Tiago, para fazer as apostas e também para assistir ao sorteio, que era de uma azafama a que os "torcidas" estavam sujeitos, que aquilo, só mesmo por amor ao clube.

Como é que aquela malta, quase todos já com família constituída, ainda conseguiam, depois das suas canseiras familiares e profissionais, ter pachorra para aquele trabalho voluntário?!

Teve o autor destas simples linhas, oportunidade de participar, apenas como apostador, em alguns daqueles eventos, como agora se diz.
Numa dessas ocasiões, acompanhado de um familiar, "doente pelo Varzim", e que arrastara para aquela forma de ajudar o clube, com pouco dinheiro (menos do que custava naquela altura um "Três Vintes", que era o "Camel", o tabaco dos pobres), deparei com 3 figuras que eram proeminentes e a trave-mestra daquela organização de apoio ao Varzim. Eram elas, NECA MILHAZES, CASTRO (QUILORES), TONE QUIM e um dos cunhados do Quilores, AVELINO. Havia mais alguns ligados a este projecto, cujos nomes não me ocorrem neste momento e aos quais peço desculpa. Apesar de rebuscar no site do Varzim, não encontrei referências que me ajudassem.
Mas continuando. No momento em que chegamos, já se encontravam vários adeptos pelo corredor até à pequena sala onde estavam a malta da "Torcida Jovem" a sortear os números do Totovarzim. E sabe-se como é. Palavra puxa palavra. Picanços entre "nias" que falavam alto mas mandavam falar baixo os outros... Enfim um burburinho, que às tantas já ninguém conseguia ouvir os números cantados.Com uma paciência de , os organizadores lá indo acalmando o pessoal, com pedidos para falarem baixo, até que... de repente, ouve-se uma voz, grossa, numa atitude tipo "murro na mesa", vociferando: "porra! Esta m... não pode ser! Ou se calam, ou vão dar uma volta, f...! E completou:
- " NADA MAIS PREJUDICIAL PARA QUEM TRABALHA DO QUE A PRESENÇA DOS QUE NADA FAZEM", que era exactamente o que dizia num dos letreiros colados na parede. E calaram-se!...
Só assim o sorteio da SAUDOSA "TORCIDA JOVEM" prosseguiu.
Para terminar, só mais uma letras.

Os tempos eram outros, a juventude não tinha os "apelos", nem softs nem hardwers, nem "rebuçados" que "dão pica" desinibidora ou alucinações, dirão alguns.
O medo e a vergonha, era mais que muita, além de uma educação "de berço", sólida e objectiva, que décadas seguintes haveriam de descambar nesta esta globalização, contendo muita evolução tecnológica a par de muita porcaria, autênticas camas estrumadas onde muitos já se deitaram irremediavelmente para servirem de compostagem.
Por isso temos em mãos um mundo, onde aparecem Maitês Proenças ou os Saramagos Nobels fazendo afirmações, com ou sem imagens ridículas, que segundo eles, só o são na cabeça dos portugueses, porque são burros, porque para eles "banco é caixa", tá sabendo?

OS NOMES ACIMA REFERIDOS COMO GRANDES SUSTENTÁCULOS DE UMA INICIATIVA DE GRANDE UTILIDADE (TUDO O QUE AJUDE...) PARA O VARZIM, DEVERIAM MERECER UMA REFERÊNCIA PARA REFLEXÃO QUANDO FALASSEM AOS NOVATOS (SÓCIOS OU NÃO), DA HISTÓRIA DO CLUBE. ELES SÃO, TAL COMO OUTRAS FIGURAS GRADAS, PATRIMÓNIO DO CLUBE.
Texto de Óscar Gomes
Força Varzim!

domingo, 18 de outubro de 2009

RESCALDO










3 ª. ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL







V A R Z I M - 1





N A C I O N A L - 2

"FORMAÇÃO CONTÍNUA - ESPERAR SENTADO - PLASTICIDADE - CALENDÁRIO", ENTRE OUTRAS, COM DESCULPAS PARA AS SENHORAS!...

Varzim e Nacional, foram as grandes atracções de um cartaz sorteado para mais jornada da "velha senhora" do futebol português. Muitos nem terão reparado em tal, dada a incidência discriminatória que os media fazem para com os clubes que não tenham presidentes das respectivas SAD´s a comunicar à CMVM que ganham aos 50.000 euros por mês. Mereceu mais destaque noticioso, por exemplo das nossas TVs, (que por vezes mais parecem aterros do que há de mais bacôco, com currais de moinas ou sem eles, com Maitês burras ou sem elas, e etc.) jogos que mais pareceram "filmes" amadores com actores semi-amadores, eufóricos por contracenarem com algumas pop-stars vermelhas de montões de "chiclas" castigando gengivas que nem sadomasoquistas! Pachachadas com resultados do tempo das bestas dos afonsinhos.
Typical!...
Centrado as nossas atenções no rescaldo ao jogo realizado na cidade poveira, os jogadores e o técnico principal do Varzim, mais uma vez tiveram o pássaro na mão e na segunda parte (sempre a malapata das segundas partes) deixaram-no fugir. À primeira vista, a justificação para o resultado fatal que colocou em xeque as aspirações de Caixa dos dirigentes poveiros, poderia ficar por aqui, apenas carecida do acrescento "inovador nas justificações para as derrotas" no final dos jogos: ... a culpa é também da maldição, (segundo se diz por aí, da autoria do mesmo bruxo que amaldiçoou o Cr9), do "calendário"!!! Bolas, já não bastavam as outras?!
Descendo à Terra e com os pés bem assentes nela, de uma for "imparcial, não o sendo", o colectivo varzinista, segundo o que se ouviu também o que se lê nalgumas "fichas do jogo", isentas, não o sendo, o"o Varzim vendeu cara a derrota".
Agora, pondo de lado o "diz-se-diz" de mentes (contrário de verdade, mas também sinónimo de pensamento), e porque tivemos no campo gente "nossa" que paga para ver, a nossa opinião é simples e resumida.
Mesmo levando em linha de conta que as forças em confronto eram desproporcionais, pela estruturação dos respectivos plantéis (inclui toda a gente...), tal não chega, nem pode chegar só quando nos convém!... O Varzim "pôxa", até estava a ganhar ao intervalo, com um golo do Bruno Moreira.
Ainda não vai assim há tanto tempo, em que o Varzim eliminou a já denominada "equipa maravilha" do Benfica. Claro que apressadamente virão os tais "imparciais" dizer: " óh, mas isso acontece uma vez na vida!!!" Só os curtos de memória ou, por ignorância, enfiarão o garruço de tais sentimentos de inferioridade.
A realidade nua e crua, doa ou faça sentir de prazer a quem quer que seja, é esta: o técnico madeirense demonstrou a diferença entre quem "já a sabe toda", colocando ao serviço do colectivo, em momentos oportunos. Tinha o trabalho de casa bem feito. É que os madeirenses apoiantes financeiramente de clubes como o Nacional, não não estão com meias medidas, se as equipas não ganham, ou não somam pontos que as coloquem nos patamares pretendidos! Não há tempo para fazer do clube de futebol de alto rendimento, com muito dinheiro em jogo, uma escola prática de futuros colectivos. Não é para amanhã. É para o futuro... de hoje! Mas isto não é novidade, nem para os meninos que vão pela primeira vez à catequese.
Bastou ao arguto Manuel Machado, "não deixar" que o resultado se dilatasse, depois de já ter visto o Varzim desperdiçar uma g. penalidade, e esperar pela 2ª. parte, assim a modos que "deixa-os pousar".
Alterou a preceito a "plasticidade" do seu conjunto, com duas substituições logo no início do segundo tempo.
O resto foi da conta de Ruben Micael que empatou e depois o Pecnik (houve quem no campo lhe chamasse panick) apontou o segundo golo perante um desamparado Marafona, que foi o melhor elemento do Varzim e do encontro.
De lamentar, mais do que o facto de o Varzim quebrar uma invencibilidade em jogos de Taça, em casa, há 25 (vinte e cinco) anos, e o cair por terra a possibilidade de poder encaixar mais alguns euros, com a ajuda da sorte de um sorteio que lhe pusesse no caminho um dos grandes, em casa deles.
Para final de crónica. Arranjem outras justas ou esfarrapadas desculpas, agora a do CALENDÁRIO de jogos!... Por amôr de Deus!!!
Parafraseando alguém muito conhecido: "é preciso correr com a porcaria..."
Texto de Óscar Gomes


Ala-Arriba Varzim!

sábado, 17 de outubro de 2009

O PRÓXIMO JOGO







TAÇA DE PORTUGAL - 3ª. ELIMINATÓRIA



V A R Z I M





N A C I O N A L




A contar para uma competição que já não tem o interesse de outros tempos, o Varzim prepara-se para receber o Nacional da Madeira, que não sendo do coração do Sr. Jardim, porque é maritimista, também o será neste jogo, porque uma equipa da ilha vai defrontar uma outra que é de um "rectângulo" que o dito líder político teima em dizer não conhecer. É claro que depois de passar o efeito de umas "ponchas", ele dirá que não passam de brincadeiras que nem gato fedorento do "contenente".
Os "nacionalistas" madeirenses, estão com o astral em cima, já ocupando lugar nos candidatos a um lugar "na Europa" peninsular.
É fantástico como o mundo dá grandes voltas.
Quando o Varzim chegou à 1ª. Divisão Nacional, o Nacional (passe a redondancia), era um clube com pouco mais fama que o Calhetas, onde o C. Ronaldo começou a dar uns pontapés na bola.
Anos mais tarde e antes de ingressar no Sporting com 12 anos, ele e mais putos, iam para o porto do Funchal "oferecer-se" aos turistas que chegavam em grandes cruzeiros, para se atirar à água na "perseguição" de moedas (de preferência dólares) que os ricos se entretinham a mandar para o calmo leito do porto de mar.
As voltas que o mundo dá... em 10 anos apenas!
Mas voltando ao jogo de hoje, o Varzim vai ter pela frente um Nacional de "colarinho branco", poncha e charuto, a pensar que isto vão ser favas contadas, embora o técnico-professor Machado (atenção que ele já é cara de gato para os amigos, por isso, essa treta de "quem não tem cão, caça com gato"...), no final do jogo se apresse a dizer que defrontou um Varzim que, "é sempre uma equipa difícil, e ainda muito mais em casa". Isto claro, se ganhar com uma perna às costas. Porque se assim não for, o "CD" já cantará coisas como: "o estado do terreno não ajudou o tecnicismo dos meus jogadores, fizemos duas partes distintas e... taça é assim mesmo, além de que é futebol."
Julgamos que se os jogadores do Varzim, derem o corpo ao manifesto, não deixando jogar o adversário e, onde estiver a bola, estará um pé dos jogadores da casa, o sr. Machado bem que vai ter que aturar o patrão ditador, enfurecido, chupando no charuto, como mandou o Maradona...
Estamos confiantes que o Varzim, se tiver já melhorado a sua capacidade de resistência para ocupação de espaços a propósito, principalmente nos primeiros 10 minutos de cada parte e souber "crescer" para defender no meio campo dos nacionalistas, na última quinzena de minutos do jogo, a equipa poveira tem gente para eliminar os madeirenses.
Mas por amor de Deus, não desloquem o Gonçalo Abreu para defesa esquerdo, nem mesmo como "falso" e não façam com o Tito o que fizeram no último jogo em casa!!!

Ala-Arriba Varzim!
Texto de Pedro Nunes

terça-feira, 13 de outubro de 2009

EMOÇÕES VARZINISTAS






"UM VARZIM" QUE ENTUSIASMAVA QUEM O VIA JOGAR

ÉPOCA 79/80

Em pé: João, Cacheira, Waschington, Albino, Freitas e Guedes;
Abaixados: Jarbas, Pinto, Vilaça, Genildo e Horácio.

UMA DAS VÁRIAS EQUIPAS "DE LUXO"!...

QUE SAÚDADES MEU DEUS!!!


ESTA PUBLICAÇÃO É DEDICADA COM TODO O GOSTO AOS QUE CONHECEM MAL A HISTÓRIA DESTE MARAVILHOSO CLUBE DA MAIS BELA CIDADE DO LITORAL PORTUGUÊS, DE SUA GRAÇA, VARZIM SPORT CLUB, E AOS QUE CONHECENDO-A MELHOR DO QUE NÓS, GOSTAM DE A REVER.


Sabia que a melhor classificação de sempre foi um (5º) quinto lugar em 1978/79, na então I Divisão Nacional?

Querem saber mais sobre o Varzim?!

De 1935/36 até estes nossos dias - no ano dito da graça de 2000 -, ao longo de 66 campeonatos nacionais da I Divisão (incluindo os quatro da Primeira Liga), 64 clubes inscreveram o nome entre os participantes. No rol há, apenas três totalistas: Benfica, Sporting e F.C.Porto, seguindo-se por número decrescente de presenças, Belenenses, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Académica de Coimbra, Sporting de Braga, Boavista, Atlético, Barreirense, CUF, Leixões, Estoril... e Varzim Sport Clube. Tesmos, pois, os poveiros num excelente 15º. lugar, com 18 presenças, tantas como o Salgueiros, cujo currículo global, em termos de classificações, é inferior ao dos varzinistas. Com a sua próxima entrada na I Divisão, o Varzim igualará o Estoril (19) sem o destronar, ainda em desempate por classificações obtidas.
Retira-se do exposto, que o Varzim é um dos "históricos" do Campeonato Nacional da I Divisão de futebol. E pode também retirar-se da estatística um significativo bloco de números. Assim, os poveiros disputaram 516 jogos, obtiveram 145 vitórias, empataram 151 vezes e averbaram 220 derrotas, marcando 547 golos e sofrendo 756; o somatório de pontos eleva-se a 441, com médias de 0,85 por jogo e 42,6 de rendimento em percentagem.
Nas linhas que se seguem, teremos, em retrospectiva, uma apreciação mais ou menos pormenorizada das presenças intercalares do Varzim no Campeonato de topo, onde várias equipas suas foram do bom (um quinto, um sexto, dois sétimos e dois oitavos lugares) ao mau (lugares de fim de tabela e consequentes despromoções).

A estreia do Varzim na 1ª. Divisão Nacional remonta à temporada de 1963/64, de parceria com outro inédito na competição, o Seixal, por troca com os despromovidos da época anterior, Feirense e Atlético. Campeão Nacionall da 2ª. Divisão, o Varzim entrava num nova etapa da sua história.
No torneio em que os poveiros eram neófitos, eram as 14 equipas em presença, Benfica, F.C.Porto, Sporting, Vitória de Guimarães, Desportivo de CUF, Belenenses, Vitória de Setúbal, Leixões, Académica, Lusitano de Évora, Olhanense, Barreirense e os recém-chegados Varzim e Seixal. No termo do Campeonato - ganho pelo Benfica, à frente de portistas e sportinguistas - o Varzim classificava-se num meritório 10º. lugar, com 8 triunfos, 4 empates e 14 derrotas, um goal-average de 37-57 e um total de 20 pontos, precedendo o Lusitano de Évora, o Seixal, o Olhanense e o Barreirense (despromovidos).
Era o início de uma série de oito participações consecutivas dos varzinistas no "Nacional" primodivisionário, com a melhor classificação a ser obtida na época de 1969/70: um relevante 6º. lugar, averbando 28 pontos (tantos como os dos terceiros e quartos da tabela, barreirenses e vimaranenses). Uma dezena de vitórias, 8 empates e 8 derrotas, com saldo positivo nos golos marcados e sofridos (31-26), parecia prenúncio de futuro desanuviado, mas, na temporada seguinte, 1970/71, seria o descalabro: com os 18 pontos conseguidos, a equipa da Póvoa afunda-se no último lugar e regressa à 2ª. Divisão, juntamente com outro nortenho, o Leixões. A despromoção não foi, no entanto, evitada por um fio: o nono classificado, o Tirsense, apenas arrecadou mais dois pontos do que o Varzim. O equilíbrio do Campeonato, exclusão feita aos cinco primeiros, ia, aliás, do sexto classificado, o Boavista com 22 pontos, ao lanterna vermelha.
Estava consumada a primeira descida da 1ª. Divisão Nacional.
Regresso:

- Cumprida a "pena" de cinco épocas de afastamento, o Varzim, treinado por António Teixeira e outra vez adornado com o título de campeão nacional da 2ª. Divisão, regressa ao patamar superior em 1976/77, já com o Campeonato integrando 16 clubes. Uma carreira que surpreende muita gente leva os poveiros ao sétimo lugar final, por força de 10 triunfos, 11 empates e, apenas nove derrotas, para um total de 31 pontos - menos três do que o quarto classificado, o Boavista.
O prometedor regresso não tem confirmação na temporada seguinte (10º. lugar, com 25 pontos), mas a época de 1978/79 faz a felicidade de todos os poveiros: o Varzim conquista o quinto lugar da prova, logo a seguir a um quarteto constituído por F.C.Porto - bi-campeão com José Pedroto -, Benfica, Sporting e Braga. Atrás dos varzinistas ficam pela ordem, Guimarães, Setúbal, Belenenses, Boavista e Marítimo. O Varzim assenta a excelente classificação - que ficaria, até hoje, como a melhor de sempre na história da colectividade - num total de 32 pontos, produto de 11 vitórias, 10 empates, 9 derrotas, 30 golos marcados e 29 consentidos.
Temporada de 1979/80 e baixa de posto: de quinto para décimo (26 pontos, menos dois do que o sétimo, o Espinho). Prestação média, podia dizer-se, e longe de ser alarmante, em termos de futuro próximo. Só que a realidade traria, na época seguinte, mais uma vez, a frustração: com 8 vitórias, 8 empates e 14 derrotas, 27 golos obtidos e 31 sofridos, a equipa varzinista não logra mais do que um antepenúltimo lugar (à frente do Marítimo e Académica de Coimbra), insuficiente para a manutenção. Acima do Varzim, com mais um escasso pontinho, Amora e Académico de Viseu escapam ao castigo.
Para a gente da Póvoa do Mar, é, de novo, o "ostracismo" na Divisão nº. Dois, mas só por um ano. O Varzim estaria de regresso na temporada de 1982/83.

Segunda descida... novo regresso... e, nova descida.
Ora leiam p. f.:

- A uma primeira série de oito presenças e a uma segunda de cinco iria seguir-se uma terceira ... de três. No campeonato do reencontro com os primodivisionários, a equipa poveira não vai além de uma prestação sofrível: classifica-se no 12º. lugar, com 26 pontos (8 vitórias, 10 empates, 12 derrotas, 23-39 em golos). Na prova seguinte (1983/84), melhoraria: nono lugar, com 29 pontos, tantos como o Rio Ave (oitavo por benefício do goalaverage global, coisa da época, já que os poveiros tinham sido superiores no mano-a-mano, com 1-0 e 1-1).
E, nesta terceira série, às três ... foi de vez. Uma prestação verdadeiramente calamitosa, a pior de sempre, precipitou o Varzim no penúltimo lugar da classificação, com 17 pontos derivado de duas (!) vitórias, 13 empates e 15 derrotas (23-49 em golos). Pior, nesse "Nacional"de 1984/85, só o minhoto Vizela (15 pontos).
Não foi longa a espera para nova promoção: em 1986/87, o Varzim estava de volta e com tal determinação quer terminaria a corrida de 30 jornadas em sétimo lugar, a um curto ponto do sexto, ocupado pelo Belenenses. No quadro definitivo, 8 triunfos, 13 empates e 9 derrotas, com 24-29 em golos. Curiosidades da carreira dos poveiros: das oito vitórias, sete foram alcançadas em casa, ocorrendo a restante em Faro; na Póvoa, ainda, seis nulos e apenas duas derrotas, precisamente, diante de dois tripeiros, F.C. Porto e Boavista. Ainda relativamente à equipa portista, realce para o empate a zero registado nas Antas.
E vem o Campeonato de 1987/88, com uma novidade de curtíssimo futuro: o alargamento dos participantes para 20 equipas. Ao cabo da maratona de 38 jogos, o Varzim não conseguia melhor "prenda" do que o 17º. lugar (30 pontos), precedendo, tão somente, um trio constituído por Rio Ave (28), Salgueiros (25) e Sporting da Covilhã (21). A "prenda" do Varzim estendeu-se, aliás, nessa época, à Académica e ao Elvas, além do terceto da cauda: tudo somado, seis equipas engolidas pelo abismo.
No golpe de infortúnio que colocaria o Varzim em "vinha de alhos", em escalões secundários, por mais nove anos, a equipa poveira registou 7 vitórias, 16 empates e 15 derrotas, com um desconsolador goalaverage de 31-52. O título caberia ao F.C.Porto de Ivic, com 66 pontos, mais 15 do que o Benfica, mais 18 do que o Belenenses e mais 19 do que o Sporting. Nota: na equipa dos "dragões", brilhavam dois homens que já tinham defendido o emblema varzinista, André e Rui Barros.
Iam-se, em 1987/88, uma outra vez, os anéis, mas voltavam a ficar os dedos. Ou seja: a esperança do retorno à I Divisão. Que aconteceria na temporada de 1997/98, dez anos depois, sob o comando técnico de Horácio Gonçalves e o leme entregue ao presidente Lídio Marques.
O Varzim faz uma primeira metade da época 1997/1998, simplesmente espectacular, chegando mesmo a merecer comentários de gente distinta da crítica desportiva, como por exemplo o saudoso Alfredo Farinha de A Bola, quando lhe atribuiu "a equipa que melhor futebol estava a praticar em Portugal". Isto tem direitos de autor(es), jogadores da altura (entre eles estava Paulo Piedade e Miranda, p. exemp., o treinador era Horácio Gonçalves e a Direcção era liderada por Lídio Marques, a qual tinha como Chefe do Departamento de Futebol o Sr. Luís Oliveira ), é justo recordarmos. Só que aquilo que de bom foi feito na 1ª. volta, seria atirado borda fora, num descontrolo de gestão do plantel e de exibições inesperadas do arco da velha, que levaram o clube a voltar à 2ª. Divisão (da Honra)...
Entretanto o testemunho da liderança directiva, é passado, em eleições ordinárias, para as mãos de Luís Oliveira, o "senhor dos anéis", como ficou conhecido. Com Rogério Gonçalves (a quem muitos jornalistas ou pseudo, chamavam de Horácio Gonçalves), faz uma primeira tentativa de subida que falha por uma nesga, no último jogo em Freamunde, muito por culpa de erro (casmurrice e alguma inexperiência na competição Liga de Honra) do Sr. Rogério Gonçalves (detectado por qualquer leigo em futebol e conhecedor do plantel do Varzim). Na época seguinte o Varzim novamente estaria no melhor escalão do futebol português. Mas por pouco tempo. Na 2ª. época desceria (2003/2004) para não mais voltar até aos nossos dias, porque muitos adeptos, infelizmente, jamais o voltarão a ver, nem no role dos melhores nem dos piores... antes pelo contrario.
Derrubado o "magistério", nas urnas, de Luís Oliveira, sucedeu-lhe o Senhor Lopes de Castro, decorria ainda a época de 2003/2004, com um "projecto para em três anos recolocar o Varzim na 1ª. Divisão", mas... ainda estamos na Liga de (sem) Honra.

Valeu a pena, não valeu?!

Como aperitivo para vermos o Portugal - Malta, nada mau. Agora para juntarmos o útil ao agradável, era vermos Portugal ganhar com a dignidade no topo.
Saudações Varzinistas e
Ala-Arriba Varzim!
Texto de Óscar Gomes

sábado, 10 de outubro de 2009

REFLEXÃO

ÉPOCA 1975/1976

EM TEMPO DE REFLEXÃO, QUANDO VOLTARÃO OS VARZINISTAS A ORGULHAR-SE DE EQUIPAS COMO ESTA?

De pé: Fonseca, Pinto, Leopoldo, Quim, Artur e Lima Pereira.

Em baixo: Praia, Cacheira, Jarbas, Horácio e José Manuel.

(Quim, Artur, Lima Pereira e José Manuel, são da cantera varzinista)

HOJE TEMOS UM PLANTEL DE UMA GESTÃO EQUILIBRADA OU, PLANTEL A FAZER EQUILIBRIMOS?!

Em ano de tantas eleições importantes no nosso país, com tantos comícios e outras manifestações de esclarecimento e apelo ao voto, democraticamente preconizadas e consolidadas na nossa Constituição, leva-nos a nós poveiros e varzinistas, a “parar” nos intervalos de tantos debates com prós e contras, com ligações, ou coligações faraónicas ou cheias de “cús de Judas”, nas TV´s e no resto que é mass mídia, num faz de conta que “somos amigos”, de arrepiar, para dedicarmos um pouco do nosso tempo a pensarmos no nosso Varzim e na de imagem miserabilista , qual pessoa no mais alto grau de carência financeira, precisando dos bons serviços de uma caridadezinha (que julgava-se terem ido com o regime anterior…) ou de um RSI (rendimento social de inserção) que nestas campanhas eleitorais serviu de “bombo” para falsos samaritanos da política .
Como passante, aproveitando uma noite esplêndida de amena temperatura, dei de caras com um comício de encerramento que se estava a efectuar na nossa (já o fora dos nossos familiares, alguns que já partiram desta vida dos terráqueos) tão querida Praça do Almada, quando a páginas tantas, no meio daquele alarido (algum encomendado), ouço o orador e candidato a um lugar de topo no poder local, gritar em coro, “D. B. vai em frente, aqui está a tua gente”, etc. Parei uns instantes, certifiquei-me de quem era a voz com sotaque que não enganava ninguém quanto à terra que o viu nascer. Tratava-se (e trata-se), de um homem que
muitos varzinistas veriam (quase que juraria) com bons numa candidatura para dirigir e recolocar no devido lugar o nosso querido Varzim Sport Club, o mesmo dos que o fundaram com todo o carinho e empenho, vai fazer 94 anos.

Estamos num interregno na competição principal em que o clube poveiro está envolvido, e veja-se e sinta-se o vazio reinante no espírito dos adeptos poveiros, sem terem o seu clube em competição, num marasmo, que por exemplo os nossos vizinhos do Rio Ave, não passam. Eles podem bem com os “nossos” males, é sabido, mas se não formos nós a solucioná-los…

Há quem se refugie em inventadas crises intermináveis, os jogadores é que ganham muito, as despesas restantes de gestão corrente do clube é que são superiores às receitas de uma Liga que tresanda a “cemitério de clubes profissionais”, cujos coveiros têm sido e continuam a ser, um pouco por todo o território português, dirigentes muito empenhados em prole dos interesses dos clubes, que já não chegam os dedos das mãos para contar os que, mercê de gestões ruinosas, acabaram de mão estendida nos distritais.

A missão de gerir um clube de futebol profissional, não é tarefa fácil e não está ao alcance de qualquer sócio, ao contrário do que uma forma “simpática” alguns defendem. Aliás como noutras tarefas. Já lá diz o povo “quem te manda a ti sapateiro, tocar tão bem rabecão”…

Também, devemos reconhecer, que levar uma equipa a estar capaz de ganhar os confrontos com a demais concorrência, não é tão fácil como se pode depreender ouvindo certos analistas
do nosso painel, nunca tão “apainelado” e com gente do mundo fashion, ou a ele ligada por laçarotes e fios-dental cor-de-rosa chique,como agora. Claro que não.
O actual técnico do Varzim (a quem na imprensa - não é a culpada - ainda alguns teimam chamar Rui Dias, como na imprensa açoriana) Eduardo Esteves, tem cometido as suas gafes, como também não é de admirar num jovem que está no arranque como técnico principal, mas que de facto, julgamos não ter o tempo suficiente de rodagem na profissão, para ter que “segurar” um fardo tão pesado e, ainda por cima numa altura em que o Varzim está perdido ao sabor de ondas alterosas de desequilíbrio financeiro. Ele é suficientemente maduro como pessoa, é também um profissional da área com as qualificações académicas em grande nível, faltando-lhe nivelar mais por cima outras competências, que com trabalho com certeza acabará por adquirir. Só que um clube como o Varzim (e outros), por paciente que seja a sua massa associativa, não “têm tempo para esperar”!...

Já aqui o escrevemos e voltamos a fazê-lo: o grande mal da gestão nestes anos todos que já leva à frente do Varzim o Sr. Lopes de Castro, tem sido nas escolhas rotundamente falhadas dos treinadores. Desde um pára-quedista Abílio Novais até um tal Rui Dias, de quem o presidente dizia ter curriculum, tem sido um esbanjar de dinheiro e um enterrar cada vez mais o clube no lodaçal, que até constrange o mais insensível.
Para esta época, até consideramos que a aposta em Eduardo Esteves, e atendendo a que as eleições para novo mandato são no início do ano (os Estatutos deveriam ser revistos no que toca ao mês do acto eleitoral para os órgãos sociais do clube. Porque não em Abril por exp.?). A errónea medida, consideramos que está na impotência revelada por esta Direcção ao não “aguentar” no plantel jogadores como Nuno Gomes, Emanuel e Marco Cláudio. Se estes elementos se juntassem ao actual plantel,(com dispensa até de meia dúzia deles) em vez de termos visto um Varzim levar um banho de bola do Sta. Clara, como aconteceu no último jogo em casa (com o treinador dos açorianos no final a considerar o Varzim de equipa simpática, que em futebol significa “coitadinha”), teríamos visto um Varzim como os adeptos desejam há mais de cinco épocas.
Assobiar para o lado e preparar-se para sair em ombros nas próximas eleições, porque “ninguém quer a herança”, não serve o clube, a cidade, nem os próprios, por mais levianos que sejam os que deixarem o barco encalhado, antes que vão com ele para o fundo. Como dizia um dos mais credenciados jornalista: “nem que o jacaré tussa!”
A História não tem termo, nem se repete também.

Saudações Varzinistas
Texto de Óscar Gomes

domingo, 4 de outubro de 2009

RESCALDO

LIGA VITALIS - 6ª. JORNADA





V A R Z I M - 1




SANTA CLARA - 2




NO MAR DA PÓVOA ONDA ENCARNADA AÇORIANA AFUNDA NAU POVEIRA


Este Stª. Clara, sem ter que se aplicar a fundo, mostrou as suas credenciais de assumido candidato à subia, e até a vencer esta Liga de segunda categoria.
O Varzim até não é que tenha "entrado" mal no jogo... só que os açorianos de Ponta Delgada, fizeram-no ainda melhor, e para mal da turma poveira, o rendimento dos "encarnados" durou mais do que a do Varzim. Esta é que é a verdade nua e crua.
Temos que reconhecer que os comandados de Vítor Pereira, deram uma lição de como devem funcionar 11 (onze) jogadores num jogo que deve ser interpretado e executado de forma colectiva, incluindo a equipa técnica (é para isso que lá estão em dia de jogo, a ser pagos princepescamente se compararmos com o salário mínimo que muitos dos sócios do Varzim recebem nas suas profissões, e que pagam as quotas + bilhete de ingresso - alguns até o fazem antecipadamente pagando as quotas da época), independentemente do sistema ser 4x3x3 ou qualquer outro esquema.
Uma muralha defensiva, que se tornou de aço diante de uns esforçados atacantes do Varzim, que deram o que lhes foi possível dar, apesar de termos ficado com a sensação de que já lhes vimos fazer melhor... mas fora de casa, principalmente no Estoril e no Freamunde, embora com "duas partes distintas".
Hoje o Varzim não conseguiu dar a volta a um Sta. Clara com um "trabalho de casa" bem feito, que soube contornar a teórica vantagem de jogar fora de casa (ainda fará sentido?!), diante de um anfitrião, que não vindo a dar mostras, nos últimos tempos, de clube "sempre difícil quando joga no seu reduto", tem ainda a fama, mas não o proveito.
De facto a abordagem feita pelo conjunto do Varzim ao jogo, desde o início da 2ª.parte, não foi a melhor, e aconteceu o que ao intervalo se comentava em surdina: "se o Sta. Clara abrandar, ainda nos poderemos safar, se não, a coisa vai ficar preta para o Varzim".
O murmúrio de temor dos adeptos varzinistas, tinha razão de ser... infelizmente para os alvi-negros varzinistas.
Os primeiros dez minutos foi um período demasiado penoso para o trabalho de recuperar a bola por parte dos jogadores do Varzim, com o trio atacante (às vezes quarteto) dos açorianos a darem água pela barba, especialmente à defensiva poveira, que com tanto abanão, começou a meter água, por vários rombos no casco... Como corolário disto, Rincon aos 65´ coloca o Sta. Clara em vantagem, após contra-ataque rapidíssimo e troca de bola entre o capitão Oliveira, Tatu que isolou o autor do golo. Erro na marcação por parte dos poveiros, ao perderem a posse da bola... custou caro.
O Varzim reagiu, mas fácil foi verificar que, deixar um tão forte opositor adiantar-se no marcador, para depois correr atrás do prejuízo... era escancarar as portas à adversidade.
Passados dez minutos, e após uma reacção do Varzim que parecia poder dar frutos, eis que o Santa chega ao 2º. golo da autoria do mesmo jogador (Rincon) que assim bisava e, quase a papel químico do 1º. golo.
Aquele meio campo e aquela defensiva pareciam estar à entrada de um "KO" fatal.
Nem mesmo com as alterações no xadrez alvi-negro - opções que naturalmente respeitamos, mas não concordamos em absoluto, muito especialmente com a retirada de Tito e o estranho recuo de Gonçalo Abreu para lateral esquerdo, ele que até estava a ser o mais perigoso atacante do Varzim, sendo o autor do golo que reduziria a desvantagem, a dez minutos do fim, num cabeceamento irrepreensível, batendo uma defesa que até ali, no seu miolo se mostrara intransponível, nas poucas vezes em que foi incomodada de forma mais perigosa.
Custa a quem é varzinista aceitar qualquer perda de pontos, muito menos com originados por derrotas, mas esta diante do Stª. Clara, e se quisermos colocar de lado palas de cegueira clubistíca, é de reconhecer o mérito dos açorianos, que souberam explorar uma segunda parte em que as fragilidades varzinistas no que concerne "às segundas partes" - que são sempre distintas das primeiras partes...
Sob um comando técnico, que primou pela assertividade na forma como se apresentou na Póvoa, durante todo o jogo, este Santa Clara fez aos adeptos varzinistas, em geral, sentirem uma certa nostalgia de um Varzim bem estruturado em termos de plantel, a todos os níveis: Competitivo quanto baste para "todos verem" que ali está de facto uma equipa de peso para se candidatar à subida à Liga dos melhores.
Numa visão transportada para o Boxe, diríamos que o Varzim, foi um peso-pluma diante de um peso-pesado, que soube golpear no round final a guarda mal feita por parte dos alvi-negros (2º. tempo).
Com certeza que o Varzim sai para mais um interregno na Liga, combalido, mas pensamos que os seus jogadores não atiraram, nem atirarão a toalha ao chão, facilmente, até porque é justo realçar que individualmente o Varzim tem jogadores que bem podem ombrear em qualidade com os melhores do opositor de hoje. Ao g. redes Marafona não se lhe pode assacar qualquer culpa nos golos sofridos e Gonçalo Abreu, seguido por perto de Mendes, estiveram em bom plano e, não mereciam de modo nenhum aquele arrear da segunda parte.
Já agora, uma palavra em relação aos que entraram a substituir. Danilo, quase ninguém deu por ele. Vítor Júnior entrou para um lugar (zona central do 1/2 campo), que embora não tenha estado mal, não ali que já o vimos render mais. Paulo Henrique, o último a entrar... para um aquecimento, porque tempo para mais, não havia.
O árbitro João Capelo e seus auxiliares, estiveram em bom plano.
Ala-Arriba Varzim.
Texto de Óscar Gomes