FUTEBOL DE FORMAÇÃO - PROJECTO CATRAIA - ACADEMIA - SUBSÍDIOS - GASTOS VS. RÉDITO
VALE A PENA CONTINUAR?...
Para esta semana, escolhemos como tema:
- o rédito vs. rendimento para o Varzim via futebol de formação, como agora, pomposamente é chamado.
A gente (não há erro de escrita, é mesmo "a gente"), vai dando conta da actividade sazonal no sector de formação do Varzim, ano após ano, ciclo após ciclo, a que correspondem gastos, com ajuda de subsídios ou não, suficientes ou não, por vezes a servirem de calço para o "lado" profissional e, nós, os adeptos, sócios e não sócios, a que muito senhor dirigente, de boas-falas já ouvimos chamar de "índios", ficamos a perguntar uns aos outros, que rendimento têm gerado para o clube, a contrapartida daqueles gastos.
Por outras palavras. Nos últimos dez anos (não vamos mais atrás), quantos atletas subiram a sénior e por quanto tempo permaneceram e em quantos jogos foram titulares? Quem e qual o montante que renderam ao Varzim, em valores efectivamente entrados nos cofres do clube?
Mais recentemente ainda, por ordem aleatória, Ricardo, Pedrinho, Yazalde, André André e Marafona, (jogadores que concluíram a sua formação no Varzim), muito legitimamente foram à procura de melhores proventos noutros clubes. Ao que se consta, as clausulas de rescisãos respectivas, não renovado a tempo, nem os dirigentes varzinistas conseguiram convencer os excelentes atletas para que tal viesse a acontecer. É o que consta na cidade, o que a ser verdade é gritantemente sinónimo de uma incapacidade confrangedora na salvaguarda dos interesses do Varzim.
Na hora de se fazerem contas, qual o saldo das mais-valias (valor ganho) com a saída daqueles acivos do clube? Quanto? E em que foi aplicado? Talvez em custas de processos.
Afinal, valerá mesmo a pena arcar com tais despesas, num clube profissional de futebol, altamente carenciado financeiramente? Se é por uma questão de "trabalho social", evitando que aqueles miúdos vagabundeiem, não seria mais adequado canalizar aqueles subsídios provenientes do erário público, ou de outros organismos do país, para os chamados clubes não federados, ou de cariz cultural e recreativo? Não teríamos muita mais juventude a praticar futebol, sem a sobrecarga adicional de haver alguém a lhes exigirem que sejam outros cristianos, moutinhos, simõezinhos, coentrõezinhos, Bruninhos e outros?...
Por falar em futebol de formação, é de toda a justiça, serem lembrados, aqui, nomes de gente que deu o que tinha e não tinha em prol daquele sector do Varzim.
É o que faremos em próximas edições.
Sabia que Manuel Gâmboa, antigo jogador do Varzim e, mais tarde seu treinador nas camadas jovens, levando equipas dos vários escalões a disputar campeonatos nacionais, contribuindo para o aparecimento de jogadores na equipa principal, no melhor campeonato, tais como "Limas Pereiras", André, Paulo Pires, Lito, Miranda, Dias Graça, Alexandre, Paulo Oliveira, Miguel, Medeiros, etc, etc., foi vítima de uma calúnia de que ele andava a desencaminhar jovens do Varzim para o FCPorto, (seu filho Gâmboa fora do Varzim para o Porto e depois iria para o Rio-Ave, já como sénior) sofisma que o "empurraria" a levar a sair do Varzim para o rival Rio-Ave, após mais de 20 anos ao seu serviço dos alvi-negros?!
Não são coisas "do incrível", mas dos reais meandros do futebol que nos encanta a todos... ou quase.
Em breve voltaremos a este tema. Palavra de escuteiro.
Avante Varzim! Allez!