Sem menosprezo para as outras aquisições para a época 2011/2012, Miguel é sem dúvida, a grande aquisição da época. "Por todos os motivos... e mais um" - diz-se em linguagem popular.
Segundo relatos de fonte fidedigna (aquele que era seu treinador, Fernando Andrade), o jovem poveiro apresentou-se nas captações no campo de treinos do clube, e quando lhe foi perguntado a que lugar queria jogar, ele prontamente respondera "a extremo esquerdo". E, (segundo a mesma fonte) que bom pé esquerdo tinha Miguel!... Só que decorridas várias sessões de treinos e, porque surgiu a necessidade de alguém ir para a baliza, Miguel ter-se-á oferecido para desempenhar a função. Saiu-se de tal maneira bem que, os responsáveis pela formação na altura, sentiram que tinham ali um miúdo com qualidades inatas para um posto tão difícil como é o de guarda-redes. Era o início de uma promissora carreira. Este atleta começou a sua formação no Varzim em 1982/83. Foram 11 épocas a formar-se, mais 11 como sénior (92 a 2003). Caso para se dizer: impressionante!...
Esteve no plantel do Varzim que fez a caminhada para a subida da 2ª.-B até à primeira Liga em 97/98, tendo como treinador Horácio Gonçalves. Foi titular indiscutível algumas épocas. Deu nas vistas, acabando por não resistir a um convite do Vitória de Guimarães, na época em que o Varzim acabara de descer 2002/2003 à então denominada Liga de Honra.
Não foi muito feliz durante a sua "emigração" de cerca de 8 anos (Vitória de Guimarães, Maia, Trofense, Chaves, Moreirense e Lousada). Contudo, foi sempre preponderante nos clubes por onde passou (à excepção do Vitória). Na época passada defendeu as cores do Lousada onde só não foi totalista devido a uma ou outra lesão, mas acabou a época em alta.
Miguel foi uma das apostas fortes para recuperar rapidamente o lugar perdido na época transacta na 2ª. Liga.
O guardião poveiro, é o guarda-redes que transmite confiança aos que jogam à sua frente. Experiente, sabedor da arte em jogar entre os postes e fora deles, bem que até poderia ser o capitão do "pelotão". No entanto, aceitou, com a humildade própria dos melhores, que a braçadeira fosse parar ao braço de um dos jovens mais talentosos da equipa (André André), também ele saído da cantera varzinista, embora muito mais recente.
Na estreia frente ao Fafe, Miguel correspondeu e de que maneira, não por ter tido muito trabalho, mas sim, pela frieza com eficácia, ao ter tido a serenidade suficiente para, num primeiro momento e, cara-a-cara com o "inimigo", ter dado na bola uma palmada numa bola que levava o selo de golo, afastando-a, num gesto felino, para a barra da sua baliza. Se era preciso algum sinal... aquele foi o de que o "legendário" estava de volta.
Nós que acompanhamos a carreira deste poveiro, desde a sua chegada à formação do Varzim, (como a de tantos outros), auguramos-lhe um terminar de carreira no clube que o "viu nascer", com um desempenho em alta. A bem dele e do Varzim. Que assim seja, porque o futebol "é uma caixinha de surpresas", como diz o velhinho chavão.
4 comentários:
Atenção. Não estejam à espera que ele seja o salvador da pátria. É um senhor g. redes, que já não tem nada a demonstrar a quem segue o futebol. Mas cuidado! Muito cuidado mesmo! Contra o Fafe, foi por demais evidente que a equipa não teve um trinco à altura das circunstancias. E um nº.6 é básico na estrutura defensiva e mesmo nas transições ofensivas. Será o Ibraima?
Também me parece notória a falta de um matador para o futebol à 2ª. divisão. Penso eu de que...
Miguel merece este acolhimento para lhe ser proporcionado o final de carreira que se calhar ele também desejava. Agora não lhe façam o que fizeram ao Alex
Grande carácter e honesto profissional. Varzinista insuspeito. Um talento que até poderia ter voado mais alto...
Deveriam dar também a conhecer quem foram os treinadores destes e de outros jogadores que foram feitos na formação do Varzim. Eles deviam ser relembrados. É só uma ideia. O pior é o trabalho que dá aos do blogue.
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