ESTORIL-PRAIA - 0
VARZIM - 0
BEM VISTAS AS COISAS... UM PONTO ATÉ NÃO FOI DEMAIS!
Os adeptos do Estoril podem dar-se por satisfeitos com o resultado alcançado na Amoreira.
O Varzim, esse, mais uma vez adiou a primeira vitória na Orangina. Não porque a equipa da casa tivesse em momento algum do jogo, ser mais candidato que o Varzim... mesmo para a manutenção. E, deve referir-se que, em praticamente toda a primeira parte, a estratégia ofensiva, arquitectada pelo técnico brasileiro Eutrópio, foi por água abaixo, muito por mérito do bom trabalho defensivo explanado pelos jogadores do Varzim, do que por demérito ou ineficácia dos seus pupilos. Basta dizer que, Ricardo, guarda-redes da equipa poveira, foi um mero repositor de bola em jogo.
Pena foi que os comandados do técnico poveiro, Eduardo Esteves, se tivessem ficado pela metade "da missão" (defender, mas também atacar), já que, se (sempre os "ses"...) a turma alvi-negra tem "apertado" o Estoril com mais iniciativas atacantes, (nós que vimos), não poríamos as mãos no fogo pela equipa canarinha... pelo que viríamos a constatar no 2º. tempo, com o Varzim a dispôr da melhor oportunidade, vista em todo o jogo, para marcar, sendo Salvador a sua figura principal, ao "tirar da frente" os opositores e a pôr a bola a jeito do pé esquerdo, dispararando um remate fortíssimo para o canto esquerdo do guardião Cléber, com este a corresponder com uma defesa para canto... de fazer levar as mãos à cabeça das cerca de três centenas de adeptos da casa e, a provocar um "broáh!!!" aos pouquíssimos adeptos do Varzim presentes no António Coimbra da Mota, na Amoreira.
Este foi o melhor momento de toda a partida, disputada debaixo da ventania do costume naquele recinto, acompanhada, às vezes, de alguns "cântaros" de água... mas não muita, para aquela que caiu durante o dia, em grande parte do país...
Na segunda parte, o Estoril, teve que mostrar os galões, de maior patente do que a mostrada no primeiro tempo, para não ser surpreendido pelo Varzim, dado o facto de a formação poveira ter entrado na segunda parte, decididamente, na disputa pelos 3 pontos... olhos nos olhos com o adversário. A cada ataque que produzia, via-se logo de seguida em sobressalto com respostas rápidas do Varzim, então com o vento pelas costas a "dar um empurrãozinho", repartindo pelos dois clubes a sua benesse... às vezes, nem tanto assim.
Valeu ao Estoril, alguma falta de articulação mais adequada entre Rafael e os colegas que o precediam no terreno. Caso contrário, bem que os poveiros poderiam ter alcançado a primeira vitória e, em casa de um dos candidatos!(?!)
Se os adeptos (em geral), do Varzim têm podido estar "em massa" (a crise não é só para os outros), jamais teriam assobiado, antes, durante e após o jogo, mas sim, aplaudido, pelo que acabavam de ver: uma boa imagem do clube deixada no Estoril. E depois... "o cliente (neste caso, adeptos da indústria futebol) tem sempre razão"... mesmo que não tenha!... Sócios, accionistas ou simplesmente "mirones pagantes", mesmo que fortuitos. É futebol! Ponto final.
Concluindo: no final, a repartição de pontos, até pode ter sabido a pouco... aos "lobos do mar" da Póvoa de Varzim!...
Excelente exibição do jovem e promissor Neto (a fazer lembrar o seu Pai), que pese toda a envolvencia de dificuldades, inclusive, do vento, por vezes "traiçoeiro", imprimindo repentinas mudanças de trajectória à bola, exigindo perspicácia madura por parte dos centrais, (do Estoril, aspas, aspas) no posicionamento em campo. Neto foi bem secundado por todos os seus colegas, com alguma saliência para Salvador pelo trabalho no lance em que por uma "unha-negra" não marcou aquele que provavelmente podia ter sido o golpe de misericórdia no adversário, rumo à 1ª. vitória do Varzim na Orangina.
Ala-Arriba!
Óscar Gomes
(sócio 821)