quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

EMOÇÕES VARZINISTAS








EM DIA DE REIS, QUE ELES SEJAM FONTE DE INSPIRAÇÃO E DE PROFUNDA REFLEXÃO PARA OS PRÓXIMOS TIMONEIROS DO MUI NOBRE CLUBE POVEIRO


COM AQUELE NAVEGAR FORA DE RUMO... O ENCALHAR DA NAU ESTAVA À VISTA, DE QUASE TODOS, HÁ MUITO! TALVEZ OUTRAS "MARÉS VIVAS" O SAFEM!

O CLUBE DEVERIA, (E MERECIA) TER JÁ EM EXERCÍCIO UMA COMISSÃO ADMINISTRATIVA... PELO MENOS!

Ao contrário do que vai sendo dito, aqui e ali, à mesa ou à porta de um qualquer café, loja dos chineses, churrasqueira, grande, media ou pequena “superfície” (desde que caibam 4 pés), o Varzim Sport Club, se a memória não nos atraiçoa, nos seus 94 anos de vida, nunca passou por tão grande “crise de identidade”, e por fase de imagem tão “de rastos” e tão de baixa auto-estima para os adeptos, como a de agora.
Por mais que tentem apaziguar (e apagar) os (des)ânimos daqueles que ainda gostam do Varzim, por “romantismo” ou não, a verdade é que, por mais aturada pesquisa que alguém tente fazer acerca do historial do clube poveiro, não encontra momentos de tanta descrença e tão votado ao ostracismo, como nestes últimos seis (6) anos (em termos financeiros, poderemos afirmar, que de há mais tempo), com uma desmoralização e consequente desmobilização de sócios, nunca antes sentida assim.
Recordarão, por certo, os que acompanham o “ dia-a-dia” do clube, pelo menos, desde que o Varzim subiu pela primeira vez à 1ª. Divisão Nacional em 1962/63, as fases críticas por que passou o Varzim, como qualquer outra entidade, que está sujeita a “tempos melhores, e tempos piores”.
Já alguém, nestes últimos dias, trouxe a lume, alguns episódios de efervescência acontecidos, principalmente, na época em que o Varzim, após 13 anos na 1ª. Divisão Nacional, desceu à 2ª. Divisão Nacional. Foram quentíssimas as Assembleias que antecederam a nomeação de uma Comissão Administrativa, a qual teve como presidente Lídio Marques, que viria a revelar-se, talvez, o mais idolatrado presidente do Varzim.
Retomar o caminho do sucesso e fazer renascer o moral das tropas, naquela recta final dos anos 70, só foi possível devido a pelo menos três factores importantíssimos:

1º. – Um grupo de varzinistas, apaixonados e inconformados, liderados por um Quadro-Superior da Câmara Municipal, que não sendo poveiro de gema, tinha (e tem) pelo Varzim uma paixão inexcedível, além de uma capacidade nata (e não só) para dirigir, pelo menos o Varzim. Uma autêntica força da natureza, de uma crença e persistência ímpares!
Seleccionou bem, todos os que com ele queria para colaborar (carolas e obstinados varzinistas, de várias faixas etárias), colocando-os a trabalhar para o clube em sectores-chave , da estrutura organizacional do clube: futebol profissional e no futebol de formação.

2º. – Conseguiu persuadir o poder local, a apoiar o Varzim, até aos limites da legalidade, quando a cidade atravessava a chamada época “louca” na construção civil, a quem muitos apelidaram de “galinha dos ovos de ouro”, o que como é de calcular teve repercussão a nível de receitas camarárias, que foram sendo acumuladas, para quem viesse a seguir, já que o investimento na remodelação de infra-estruturas da cidade, era (e foi durante mais uns anos) nulo.

3º. - A perspicácia do líder varzinista, Lídio Marques, sempre bem aconselhado, levou-o a virar-se para o aproveitamento de um clube que na altura estava a passar, também, por maus lençóis, com uma grave crise financeira, falando-se mesmo em “acabar”, o prestigiado Leixões.
De uma assentada, o lote dos principais jogadores dos leixonenses, e o seu técnico, transitaram para o clube poveiro.

Resultado: - os varzinistas voltaram a entrar numa onda anímica, só visto antes, quando da subida pela primeira vez, 13 anos antes. O Estádio (o mesmo do tão polémico "negócio-estádio") voltou a abarrotar de adeptos, quer nos jogos, quer mesmo em dia de treinos (se aquelas paredes falassem…). O Varzim é campeão nacional da 2ª. Divisão, com uma equipa de “luxo”, com quase uma vintena de pontos de avanço! E tudo isto sem hipotecar o clube! Sem um “presidente-mecenas” , mas sim, com um líder e restante elenco de dirigentes de grande espírito empreendedor, aproveitando com o máximo rigor todas as chances que funcionassem a favor do clube, como sendo o caso de plantéis com qualidade, com criteriosas escolhas ao ínfimo pormenor, dentro das reais possibilidades do clube. Até porque o Varzim é oriundo de uma terra que não tem grandes recursos económicos, e por isso mesmo, nunca foi um clube apaparicado com anafadas receitas.
Transpondo agora o nosso raciocínio para a actualidade, também não é justo, considerar-se que nada de bom foi feito pelos elencos liderados pelo Dr. Lopes de Castro. Só que, até pode ter sido muito para os executores, mas foi muito pouco para quem tanto prometeu. A nível da equipa de futebol, o erro crasso das duas "legislaturas", esteve nas fracassadas opções na escolha das equipas técnicas, porque apesar de alguns evitáveis barretes, o Varzim teve ao longo desta última meia dúzia de anos jogadores de qualidade suficiente para terem cumprido o "projecto para ser cumprido em três anos" para levar o Varzim de volta à 1ª. Divisão.
No meio de contrariedades conhecidas, que "mexeram" com o plantel, é justo nesta hora enaltecer a sua compreensão, ainda que sofrida, "aparecendo" para trabalhar, e a "meter a carne no assador", quando as suas remunerações não estavam (nem estão) a ser respeitadas. Nem todos os profissionais de futebol, são mercenários!
Eles, afinal os mais importantes artistas do espectáculo-rei, merecem de todos um forte aplauso!

Do episódio das “chaves atiradas para cima da secretária”, num gesto desesperado, querendo significar,” quem quiser que as vá entregar à Câmara”, à recuperação da boa imagem do clube, e da auto-estima dos sócios, adeptos do clube em geral, e, não menos importante, perante “o país desportivo”, muito trabalho foi desenvolvido, pautado pelo saber-fazer, tendo por base uma árdua vontade em voltar a ver um Varzim, e por tabela, uma cidade orgulhosa do seu mais representativo clube desportivo.

Os varzinistas não querem entreter-se a procurar culpados (não é preciso…). O que eles pretendem, é que rapidamente surjam sócios com competência para “reparar os estragos” de uma gestão fracassada, ainda que tenham dado o melhor que sabiam. Um indesejado “tsunami” que se abateu sobre o clube poveiro.

Que aquela lição de varzinismo, atrás relatada, seja um lenitivo para os que, sentindo vontade e com capacidade para de novo desencalhar o barco, à mercê de forte rebentação das ondas, e lhe devolvam a mística varzinista, a tal que impelia vozes discordantes e insatisfeitas, junto das portas dos balneários no fim dos jogos, em justas contestações implacáveis. Porque já lá dizia Mário Soares, o povo tem direito a demostrar a sua indignação, desde que o faça com civismo. E são eles a razão da existência dos clubes!
Românticos, dirão alguns! Pois bem, com romantismo ou não, que a história se repita, embora tal seja muito improvável, mesmo com a juda dos Reis Magos.
O Varzim está "doente", mas não moribundo.

Ala-Arriba Varzim!

14 comentários:

Anónimo disse...

Se Deus quiser, 2010 vai ser o ano da grande reviravolta. Esta época, se conseguirmos a manutenção, pelo vemos, já será muito bom. Mas estou convicto que sangue novo numa outra Direcção, a próxima época, irá dar noas alegrias aos poveiros.
Com o mesmo dinheiro gasto, chega para fazer melhor do que tem sido feito. Repare-se que o clube até tem tido bons profissionais. Para conseguir mais que só a manutenção. Liderança, tem sido a grande pecha.

Anónimo disse...

Meus amigos, deixemo-nos de tretas.. os ultimos seis anos foram maus, e o varzim está doente! Certo! Mas que ninguém se iluda que o virus vem de 2002! É tanta a insistencia em encobrir isto que até fico desconfiado! Ainda gostava de saber onde foram parar as receitas da ultima visita à primeira divisão!!

Anónimo disse...

Tudo isto é muito bonito, mas que fontes de receita deixou o Sr. Lidio Marques.

Aproveitou-se dos subsidios Camarários e dos negocios imobiliarios que se faziam na época.

Não digo que aproveitou mal, porque conseguiu fazer boas equipas e bons campeonatos.

O que eu quero dizer é que não deixou o clube estruturado para o futuro, porque agora sem a construção e com o dinheiro Autarquico a escasear não há muitas soluções.

Lembro-me que naquela altura se falava de uma bomba de gasolina para o Varzim e o Sr. Lídio recusou.

Se tivesse concordado estariamos melhor.

Portanto não é só Rosas e os tempos são diferentes.

Fiquem bem.

Anónimo disse...

Estes comentário são lidos em várias partes do mundo, especialmente onde há comundades de portugueses, particularmente varzinistas. Eu imagino o estado de espírito ao saberem o que se vai passando com o seu Varzim.

Então no Brasil, onde residem portugueses-poveiros,alguns que até jogaram no Varzim, devem-se se sentir tristes, por verem que nem no tempo em que eles jogavam de pé descalço, o nome do Varzim foi tão enchuvalhado.
Eles são os que de uma maneira verdadeira mais sofrem com o dia-adia do Varzim!
Viana

Anónimo disse...

este post está fantástico. Aliás este blog tem muita qualidade.

Faz-nos relembrar que o Varzim já foi grande. O que estes ultimos dirigentes fizeram questão de apagar das nossas memorias.

Ala, Ala-arriba Varzim

Zezas disse...

"Os varzinistas não querem entreter-se a procurar culpados..."

Que eu saiba é isto o que o senhor autor deste blog faz de melhor e nada mais do que isso...

Se não fosse a comunicação social a dar uma preciosa ajudinha gostava de saber quantos varzinistas se iriam aperceber da 'imagem tão “de rastos” e tão de baixa auto-estima"' a que tanto se refere.

Anónimo disse...

Todos têm direito a dar a sua opinião, mas desculpem os que não concordam que o Sr. Lídio Marques foi o melhor presidente, pós subida à 1ª. em 1962/63.

Só quem andou muito distraído, ou então não é capaz de dar pela presença de um elefante.

É voz corrente, ainda hoje, que ele, com defeitos e suas virtudes, conseguiu inolvidáveis êxitos à frente do Varzim, conseguindo mesmo bater aos pontos o padre Manuel Vaz, que foi outro colosso dos presidentes do Varzim.

Ele não trabalhou para o futuro?! Qual futuro? O do "presente"?... Claro que não!

De uma coisa tenho a certeza. Apesar de não ser fácil, com o mesmo dinheiro gasto nestes seis anos, ele de certeza que teria conseguido muito melhor! Pior, era impossível!...

Anónimo disse...

As fontes de receita que o sr. Lídio Marques deixou, apesar de não serem uma "mina" de euros, sempre eram mais frutuosas que as do seu amiguinho. Olhe, por exemplo as receitas televisivas, as receitas de mais gente a pagar camarotes e cativos!... Ah, não menos importante, porque nem só de dinheiro vivem as instituições (neste caso), deixou um maior número de sócios, bem mais animados do que no presente.

Os sócios não querem entreter-se a procurar culpados, porque os ditos-cujos estão perfeitamente identificados.

Será preciso pôr fotografia nos editais?

São como os cucos!...

Anónimo disse...

as receitas do lidio tambem foram deixar ir embora a custo zero o bruno alves e o geraldo e tentar acabar com o sector de formaçao
já agora, entao foi o lidio marques que contratou os bébés de matosinhos?
olhe que nao, olhe que nao...

Para uma direcção sugiro o presidente da sanipovoa

Anónimo disse...

já agora diga quem foi. OU É PRECISO PAGAR? Gracias

Anónimo disse...

DIRECÇÃO DO LÍDIO: ZERO DÍVIDAS
DIRECÇÃO DO OLIVEIRA: MILHARES DE DÍVIDAS
DIRECÇÃO DO CASTRO: PAGAR OS MILHARES DE DÍVIDAS DO OLIVEIRA E MAIS AS CORRENTES DE 6 ANOS DE DÉFICE CRÓNICO DE UM CLUBE CRÓNICO EM DÉFICE.

RESULTADO: O BURACO TINHA DE APARECER MAIS DIA MENOS DIA, ERA INEVITÁVEL!

QUAL É A SURPRESA?

Anónimo disse...

O anónimo anterior (das 11:57) tem toda a razão. Mas seria necessário especificar porque não basta enumerar. Tudo o que disse é verdade. Por isso é que o clube está assim. A culpa? É de todos... perdão morre sempre solteira. Mas podia-se evitar? .. Podia-se... mas não era a mesma coisa. Tem a palavra todos os que julgam ter sempre razão no que dizem.. há poucos mas há e andam à solta.

Anónimo disse...

O Sr. Lidio era o testa de ferro da Camara, era tudo mais facil e ainda por cima a Póvoa nessa altura estava a crescer para cima com todos os negocios a passar pela Auterquia.

Fiquem bem.

Anónimo disse...

Meus amigos e consósios do Varzim.
Vinha mesmo a calhar que o Dr. Macedo Vieira, como varzinista de prestígio reconhecido, actual presidente da Câmara poveira, aparecesse, de uma forma vincada e determinada, apelando e ao mesmo tempo motivando com as suas intervenções, o surgimento de gente competente para liderar e "arrumar" a casa varzinista, comprometendo-se a dar amior ajuda possível, enquanto pessoa e enquanto máxima figura da autarquia, aos que se comprometerem com o clube.
Afinal, fazer o Mário de Almeida tem feito em relação ao Rio-Ave, em que dentro da legalidade, se tem assumido como o grande líder "sombra" do clube vilacondense.
Honra lhe seja feita! Vila do Conde tem tido, a vários níveis, no seu presidente da Câmara, um grande trunfo na emergência da cidade vizinha, à custa de gente muito orgulhosa da sua terra e das suas gentes. Tenhamos a humildade de o reconhecer, e procurar emitar.

Um varzinista residente nas Caxinas