RESCALDO

• LIGA VITALIS - 4ª. JORNADA
  
  
  
  
  
  
  Mendes autor do golo da vitória
  

VARZIM - 1 / G. D. CHAVES - O


PRIMEIRA VITÓRIA OFICIAL DA ÉPOCA NA LIGA JÁ CÁ CANTA

ÚLTIMOS 20 MINUTOS INCOMPREENSÍVELMENTE SOFRIDOS!...


Com toda a naturalidade, o Varzim amealhou os 3 primeiros pontos em casa. O desportivo de Chaves, a passar por uma fase na sua história menos agradável – a todos os níveis, inclusivamente viu-se obrigado a acabar com o apoio financeiro ao seu futebol de formação – foi impotente diante de um Varzim, que sem ter que puxar dos galões de clube com maiores pergaminhos no futebol luso, ganhou pelo score mínimo, porque o desperdício dos atacantes poveiros, na primeira parte com mais frequência, e um certo encolhimento do xadrês dos alvi-negros no último terço da partida assim o ditou.
O que signfica que, logo no primeiro tempo, o Varzim poderia ter alcançado um resultado folgado que lhe poderia dar mais algum sossego aos seus atletas, adeptos incluídos. O domínio varzinista foi evidente, assim como foi notória a fragilidade deste Chaves que de equipa com valor, só já existe na memória dos amantes ou nos arquivos do futebol português. Aliás Desportivo de Chaves que veio para esta época, depois de uma hibernação na 2ª. Divisão (antiga 3ª. Divisão nacional).
O valoroso Chaves do tempo dos técnicos Raúl Águas e do prof. Romão, bem como da “azia” do Jorge Coroado e do voo do Rola (os dois árbitros com episódios caricatos protoganizados no estádio dos flavienses há uns anitos atrás), com este último a ter que fugir do relvado e a ter que trepar à rede, que nem gato fugindo de água quente, são dos momentos mais marcantes na vida de um Chaves, que até já foi "à Europa", mas do qual nem rastos se encontra naquele que hoje vimos.
O solitário golo da partida, apontado por Mendes aos 41 m., na sequência de uma bola para, bem apontado é certo, mas temos que reconhecer que também com alguma felicidade, com a bola a bater na barra e a descer para as costas do g. redes flaviense e, a ultrapassar a linha de golo. Um golo que o Varzim estava a fazer por merecer.

Na segunda parte o Chaves queimou logo duas substituições de uma assentada, denotando Formosinho querer “entrar” numa de perdido por um (1) perdido por dez (10), acusando o Varzim o toque, já que os flavienses passaram a ter mais alguma posse de bola, fruto de um reforço das linhas mais avançadas – meio campo e ataque – com Castanheira a evidenciar-se nessa melhoria.
Aos 65 m. o Varzim teve tudo para fazer o 2-0 por Mendes, que bem poderia ser o golpe fatal no ânimo dos transmontanos.
O último quarto de hora o Varzim viveu alguma intranquilidade, pelo facto do resultado estar numa contagem de apenas com um golo de vantagem e, sabe-se que a todo o momento, num lance menos feliz, o golo para o adversário poderia acontecer. E depois é normal que a animosidade dos flavienses subisse à medida que o tempo ia passando, com uma perspectiva de ainda poder chegar pelo menos ao empate. O Varzim, no nosso entender, não tinha necessidade de se encolher tanto como passou a fazer nos últimos 20 minutos da partida. Danilo e Lelo ainda não estão bem enquadrados com o grupo e com o sistema que o técnico quer implementar, num clássico 4x3x3. Só que o "carrocel" está ainda em rodagem, onde uns laterais "elásticos" são preponderantes.
É notória a fraqueza da condição física do conjunto poveiro, pese o facto de estarmos no início da época para todas as equipas, era de esperar que este aspecto na turma poveira estivesse um pouco mais aprimorado.
A passo de caracol, a turma poveira, vai melhorando a pouco e pouco, no que especialmente aos segundos 45 minutos das partidas diz respeito.
O Varzim esteve bem mas só em part-time. Não pode, nem é tolerável por muito tempo, (em futebol, como noutras coisas da vida, é assim), entrando de uma forma aceitável, para depois , ainda a bastante tempo do fim, passar de dominador a dominado (essa do "domínio consentido", é uma treta que já não cola... cacos), acabando por terminar os jogos sem ainda conseguir convencer os mais exigentes adeptos, sócios ou não.
Muitos dirão que o importante era ganhar e que mesmo com o credo na boca,” que venham muitas vitórias assim”. Mas isto, é o contentamento, como se diz no país irmão, do "povão da roça, né?!" Já que não pode ser caipirinha, o pessoal não tem outro remédio que se contentar com uma cachacinha, mesmo de contrafacção...
Os adeptos do Varzim adoram vitórias, como todos os outros, mas querem-nas de uma forma convincente. E quem tem que convencer quem, são as equipas e, não os sócios ou simples adeptos.
O incómodo que o Chaves provocou, no que toca a oportunidades, que Marafona foi mais espectador do que outra coisa. Já no segundo tempo, ele deu nas vistas, não porque tivesse feito alguma defesa espectacular, como já nos habituou, mas sim, pelo facto de uma bola rematada por um atacante, ter passado por cima do ombro do guardião e depois ir ao poste. Só por isto.

Em destaque a chamada de Tiago Lopes, para o lado esquerdo da defesa poveira, que cumpriu, mas não fez esquecer Telmo, que é um rotinado no lugar e de raíz.

Mendes porque foi autor do golo e, Gonçalo Abreu pela importância que teve na manobra da equipa, merecem também destaque.

Espera-se melhoria na duração do domínio durante os jogos, que com certeza virá com o tempo...

A arbitragem não teve influência no resultado.

Texto de Óscar Gomes