2ª. ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL
PRAIENSE - O
VARZIM - 1
O VARZIM ENTROU NO JOGO A TER QUE PARTIR UM JÁ ESPERADO GRANÍTICO MURO DEFENSIVO DOS AÇORIANOS
FORAM SÓ PRECISOS 26 MINUTOS. O RESTO...
Com todo o mérito o Varzim passou à eliminatória seguinte, após vencer um inofensivo e humilde Praiense, equipa da cidade da Praia da Vitória, Ilha Terceira, dos Açores, militante modesto da 2ª. Divisão - Zona Centro.
Nesta "difícil" deslocação (em termos de custos de logística) do Varzim, o clube poveiro, até acabou por ser "induzido" a fazer um pouco o "trabalho da lebre sobre o lento cágado", ou seja, "descansou à sombra" da vantagem que ganhou no marcador, a partir dos 26 m. de jogo, perante um opositor que logo deu a perceber poder ser pouco mais do que combativo e digno.
Mas voltando ao que aconteceu até ao golo, o Varzim entrou no jogo "a partir o granitíco" sistema defensivo montado pelo técnico dos ilhéus, Carlos Santos, também conhecido por "Chalana".
Os praienses, deram tudo o que tinham para dar naquela missão de sacrifício, diriamos, a roçar o espírito de mártir, procurando fechar todas as frinchas ao opositor de outra galáctica, no entender dos pacatos praienses, mais virados para as coisas da criação de gado bovino do qual é extraído o melhor leite "biológico" e os mais cheirosos e "gostosões" queijos.Só que aos 26m. Bruno Moreira, já cheio de "pedir a bola", com deslocações a preceito nas costas de uns quantos esforçados rapazes, pegou na bola e, foi só tempo de olhar e enfiá-la no "baú" do guardião Carlos, até então guardado a sete chaves.A faltarem 19m. para o fim da primeira parte, com certeza que os adeptos do Praiense pensaram que se a casa já abanara por todos os lados, então a perder e a ter que se abrir mais para procurar desfazer a desvantagem, a partir dali, o melhor era "encolher-se" ainda mais, rezar a todos os Santinhos e aguentar pelo menos a desvantagem tangencial até o intervalo.
E se pensaram explorar alguma descontracção do opositor que vinha do intervalo em vantagem, acertaram em cheio.Acertaram, porque os alvi-negros passaram de um estado de anímico próprio de quem procura cedo colocar-se em vantagem, impondo um ritmo de jogo que "desbravasse caminhos" e fragilizasse o adversário, para uma atitude mais passiva e de gestão de tempo(?!).Pensamos que cedo demais quando ainda havia tanto para ser jogado e com o resultado em apenas 0-1. Julgamos nós...
Na segunda parte, segundo informação de fonte fidedigna, nunca esteve em causa de que lado estava a maior força em termos de capacidade individual dos atletas, mesmo optando pela atitude passiva e contenção de esforços, como atrás se refere. Bruno Moreira ainda usufruiu de uma claríssima oportunidade para fazer o bis, chegando a estar isolado frente ao g. redes do Praiense, depois de correr à vontade cerca de 40 metros! Acreditamos que os próprios açorianos da Praia da Vitória, devem ter posto as mãos à cabeça de "frustração", com tamanho falhanço, só comparável com o exclamar durante as famosas pegas de touros em pleno mar!...
De realçar o aparecimento em jogo, fazendo a estreia com a camisola varzinista, a oito minutos do fim, do brasileiro ex-Marítimo, Lelo que entrou para o lugar de Bruno Moreira, "desgastado" de tanto esquecimento por parte dos seus colegas... Pelo que nos foi dado a perceber, é um ponta de lança, alto e que... pouco tempo mais teve do que aquecer (mal) para banho.
Para remate (já que sobre o terreno, remates, foi coisa quase inexistente), as palavras no final do jogo do treinador do Praiense, Carlos Santos, lapidares e dignas de figurarem nas anedotas mais hilariantes do mundo:
- "Exactamente. Na primeira parte cometemos um erro que nos foi fatal. No segundo tempo, encostamos o Varzim à sua defesa, que tremeu como varas verdes."
Mesmo para quem não esteve lá, só ouviu, por amor de Deus! Haja ao menos um bocadinho de vergonha, nem que seja só no dedo mindinho...
Quanto ao técnico do Varzim, Eduardo Esteves, pelo que disse, achamos que espelhou o que se passou, indo ao encontro do sentimento dos que, mesmo a grande distância, sentiram: o Varzim podia e devia fazer mais, no entanto, conseguiu o mais importante. Passou à eliminatória seguinte.
Quando é transmitido publicamente pelos responsáveis, um certo sentimento de "clube pequeno" e que vai receber um congénere, reconhecendo que ele é "um clube de outro campeonato", de nível superior e com pergaminhos, perder "apenas" por 1-0, depois de ter chegado a sentir que a casa vinha abaixo, quando o Varzim marcou ainda tão cedo... Quem sabe se não seria o prenúncio de uma goleada, terão com certeza pensado as duas centenas de ilhéus presentes no campo.
E depois, "naturalmente", na altura de se fazer ouvir pelos seus apaniguados, (que também como o treinador já ficaram contentes por "perder apenas por 1"), aquela "pose" para os repórteres.
Há gente que instada a falar logo a seguir aos jogos e que abrissem a boca para mentir e ou/dizer parvoíces, deveria ser sancionada pelas entidades que organizam os jogos, ficando os autores obrigados a cumprir um certo período de "jejum" para poderem voltar a falar para a imprensa.
Atente-se nesta "ficha de um correspondente de O Jogo", publicada Internet , com o título "Notícias na Hora". Uma autêntica pérola: "O Varzim, da Liga de Honra, venceu hoje no reduto do Praiense, da II divisão, por 1-0, qualificando-se com dificuldades para a terceira eliminatória da Taça de Portugal em futebol."
E outros dislates, próprios de quem tem que "cumprir objectivos freteiros". Já lá diz o provérbio: "à mulher de César não basta ser, tem de parecer".
Agora o sorteio que dite um "grande", cuja receita dê uns bons trocos para os cofres "secos" do clube alvi-negro...
Para já, o pensamento dos varzinistas vai centrar-se no "próximo jogo", que é para a Liga Vitalis.
Ala-Arriba Varzim!