Janela aberta a todos os que queiram refletir e opinar de forma construtiva e independente sobre o dia-a-dia do mais emblemático clube desportivo da cidade poveira - VARZIM SPORT CLUB.
sábado, 20 de junho de 2009
REFLEXÃO
sábado, 13 de junho de 2009
EMOÇÕES VARZINISTAS
SALVADOR, UMA GLÓRIA DO PASSADO, DOS ANOS SESSENTA E SETENTA.
UM ATLETA QUE ENCHEU COM A SUA CLASSE OS MELHORES PALCOS DO FUTEBOL PORTUGUÊS!
COM JOGADORES COMO ELE, O VARZIM SAIU ENGRANDECIDO!...
UM GAIENSE QUE ADOPTOU A PÓVOA PARA MULTIPLICAR O CLÃ SALVADOR.
HOJE, SÓ OS GRANDES TERIAM DINHEIRO PARA O CONTRATAREM... E TAMBÉM HOJE PARA ENTRAREM NO ESTÁDIO DO VARZIM, TÊM QUE MENDIGAR A SUA ENTRADA!...
Salvador, o jovem atleta que um dia arribou à Póvoa de Cego do Maio e de outras insignes figuras poveiras e do país. Já lá vão mais de quarenta anos! Que prazer dava ver “aquele” Varzim! Salvador – já aqui o referimos mais do que uma vez e, não nos cansaremos de o repetir - foi um dos componentes de um famoso quarteto defensivo, que deixou marcas indeléveis no futebol português na década de sessenta, entrando mesmo na década seguinte – FERNANDO FERREIRA, QUIM, SALVADOR e SIDÓNIO. Jogadores desta estirpe, sim, ajudaram a construir a fama de um clube que entrava nas competições de uma forma tal, de empenho e qualidade, que ainda hoje é relembrado por muita gente que não “é do futebol” de aviário…
Do tempo em que aquele que hoje é considerado o melhor do mundo, não entraria sequer nos 10 melhores! Nacionalismos e chauvinismos à parte… Sejamos honestos! Mas determo-nos sobre isto, desviar-nos-ia do que importa neste post focar, a passagem pelo Varzim, desse valoroso jogador que foi , SALVADOR, um gaiense de Lever!
Um quarto-defesa, como na altura se designava, tecnicista por excelência, com estilo de corrida de pique rápido, muito peculiar - passada miudinha, num ritmo tal, fazendo lembrar uma máquina de costura a casear! Quando veio para o Varzim, começou a jogar na turma poveira como avançado, até que o adaptaram - e bem – no eixo defensivo.
Conheceu uma jovem poveira, do Bairro Sul, com quem casou e união da qual nasceram “rebentos” poveiros.
Arrumadas as botas, na primeira metade da década de 70, Salvador foi integrado entre os profissionais do Casino da Póvoa – exemplo do que aconteceu com outros ex-jogadores do Varzim - , situação profissional da qual se encontra reformado.
Nos tempos que correm, Salvador seria dos jogadores profissionais que poderiam ganhar muito dinheiro! Estaria nas melhores equipas nacionais ou internacionais… Olhando para as transferências de jogadores que constatamos, nem que fosse na Arábia ou no Vietname do prof. Neca ou do prof. Calisto, respectivamente, ou noutra parte do Globo!
Mesmo naquele tempo, só uma Lei de Opção então existente, que defendia exacerbadamente os interesses dos clubes (hoje, passou-se para o outro extremo…), permitiu que emblemas de posses financeiras do nível do Varzim, conseguissem “amarrar” jogadores da qualidade do Salvador e, o mesmo aconteceu com muitos outros, Eusébio incluído!... Aliás, era na altura uma das formas encapotada de “escravatura” do séc. XX!
Salvador, é mais um dos míticos jogadores “jubilados”, de um Varzim dos anos de Ouro no historial do clube alvi-negro! De uma educação e conduta social irrepreensíveis!
É bom sentir-se que, “ali e acolá”, com mais ou menos preto e branco ou simplesmente com preto, vai-se constatando que ainda há alguém que vá “motivando", dando a conhecer este enorme puzzle de grandes figuras do futebol, que nos mais variados cargos, representaram o nosso glorioso Varzim, que apesar de nem sempre tratado com a dignidade que merece, nos últimos tempos, pode honrar-se de ter, ou ter tido, ao seu serviço excelentes profissionais ou simples “ carolas” (que ainda os há e, muitos…)!
Enquanto que uns estão numa fase de "arrumação", depois de uma época que deixou muito "material" a precisar de ser reciclado e colocado nos respevtivos "pontos", a par de mais uma quantas asneiras de desperdício, como as que já são do comhecimento público - casos das saídas de Marafona, Marco Claúdio, Nuno Gomes, Emanuel, com entrada de alguns nomes "sonantes", na expectativa utópica de quem sabe descobrir um Cristiano Ronaldo ou um Liedsinho, nós vamo-nos debruçando sobre gente que já confirmou o seu valor e passou à história do clube poveiro, pelos melhores motivos. Pois, dos fracos não reza a História! Só se forem histórias de diminuto interesse, tipo papel higiénico, que nem para reciclar serve...
Oportunamente, outras figuras ou factos, por aqui passarão, sem qualquer intenção subjacente, a não ser a de avivar memórias a uns e a de contar a outros. Enquanto esperamos,
Ala-Arriba Varzim!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
REFLEXÃO
quarta-feira, 3 de junho de 2009
EMOÇÕES VARZINISTAS
(DA DÉCADA DE SESSENTA ATÉ HOJE - RICARDO PEREZ, JORGE, FERNANDO FERREIRA, SIDÓNIO, PINTO, CACHEIRA, LEOPOLDO, VITORIANO E ALEXANDRE, FORAM OS MAIS CARISMÁTICOS.
JORGE O DE MAIOR CARISMA POVEIRO!
Em baixo: Perez e Jorge, 2º. e 3º. a contar da esq.
RICARDO PEREZ - Jogador-treinador que orientou e ao mesmo tempo executou em campo, as jogadas do primeiro "triplo-salto" da terceira divisão à 1ª. divisão nacional. Um líder na verdadeira acepção da palavra! Teve o autor destas linhas a feliz oportunidade de o ver trabalhar pelo Varzim e também o privilégio de o entrevistar para um órgão local, em 2003! Ele que fora meu ídolo de varzinista adolescente! Para muitos, o capitão dos capitães!...
JORGE - Se um capitão tem que ser uma referência para os que querem saber estar na vida de jogador de futebol com uma carreira duradoura, o poveiro do bairro Norte da Póvoa, foi-o na plenitude! Jorge foi um atleta, de grande carácter e brio no trabalho, numa altura em que reinava mais o semi-profissionalismo (mais amador que profissional), um típico lobo do mar. Um autêntico comandante de um pelotão de rangers, onde o jovem Quim (outro poveiro) era já o cabo-mor de uma mística varzinista que haveria de "incendiar", mais tarde, o país pelas boas exibições!
FERNANDO FERREIRA - Foi durante a última metade da década de sessenta à primeira metade da década de setenta, o capitão do Varzim. Quase toda a sua carreira defendendo as cores varzinistas, ele que veio da capital e por cá ficou, mesmo depois de arrumar as botas (croupier do Casino até se reformar), até regressar,há poucos anos atrás, a Lisboa. De estatura meã, mas de uma entrega ao jogo, determinada e exemplar para o espírito de grupo! Um dos elementos constituintes do famoso quarteto defensivo, memorizado por muita gente que não é curta de memória ou que "não nasceu ontem"...
CACHEIRA - Alguns anos com a braçadeira de capitão. Enquanto ostentou os galões, fê-lo com brilhantismo, caracterizando-se por ser exemplo do que é um atleta de "dar a alma até almeida".
Um matosinhense que os putos gostavam de imitar nos recreios das escolas, nas peladinhas, gritando "eu sou o Cacheira e por isso sou o capitão de "inquipa"!
Se já naquela altura os miúdos (e os graúdos) gostavam dele... hoje gostam muito mais!
Como nada de mais é o cargo que as Direcções lhe têm reservado nas camadas jovens, como seu treinador.
VITORIANO - Excelente fruto das escolas do Varzim. Muitos anos com a camisola das listas verticais pretas e brancas. Pelo meio trocou-as pelas azuis e brancas...
Não ficou mais na retina como capitão, talvez devido à sua personalidade de ser dos que não conseguem caír em graça, nem ter feitio para ser engraçado... sem graça! E quando assim é, os "afilhados" são outros...
ALEXANDRE - Toda uma vida de capitão! Dos escalões mais jovens até aos seniores! Um capitão do século XI. Instruído, menos exuberante na "raça" do poveiro espadelador (assapar com o remo à espadelada...), mas, um capitão que está na memória fresca dos mais e menos jovens como uma boa referência e que vai enfileirar na galeria dos capitães inesquecíveis do Varzim. De resto a sua despedida está ainda muito "quente"...
À excepção de Fernando Ferreira, com todos tive a oportunidade de contactar, por motivos profissionais, e deles tenho a melhor das impressões, quer como cidadãos comuns, quer como figuras públicas de méritos futebolísticos
Pensamos que esta é uma boa forma de se fazer algum "refresh" na conturbada vida do clube que se vem constatando.
Há quem prefira os palpites do "quem sai-quem entra", como se estivéssemos numa feira de cuscas-bruxas!...
O que vai valendo é que nem todos se deixam levar por um certo... minorquismo cerebral!
Ala-Arriba Varzim!